A partir do dia 3 de agosto, entram em vigor as novas especificações da gasolina automotiva, que estabelecem padrões de qualidade mais elevados para o combustível vendido no Brasil. A novidade deve resultar em maior eficiência energética, aumentando a autonomia dos veículos, mas também vai pesar no bolso do consumidor.
Estabelecidas pela Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP), por meio da Resolução nº 807/2020, publicada em janeiro, as novas regras estão alinhadas às exigências de consumo de combustível e de níveis de emissões de poluentes mais recentes. Elas contemplam mudanças em três pontos, principalmente.
Um deles é a definição de valor mínimo de massa específica (ME) para a gasolina, que passa a ser de 715 kg/m³, possibilitando uma redução de consumo de 4% a 6%, conforme a ANP. O valor mínimo para a temperatura de destilação em 50% para a gasolina tipo A (pura) é outra novidade, favorecendo a eficiência do motor do carro e demais veículos.
A nova gasolina que chegará aos postos deve gerar uma economia de 4% a 6% nos motores atuais.Fonte: Freepik
A terceira mudança prevista é a fixação de limites para a octanagem RON (Research Octane Number), já adotada em outros países. Neste caso, os maiores benefícios serão para as tecnologias de motores mais atuais, que poderão aproveitar uma gasolina com maior desempenho e mais resistente à detonação.
Maior custo para produção
A nova gasolina brasileira terá padrões parecidos aos adotados na União Europeia e nos Estados Unidos, parâmetros que já eram seguidos por países como Chile e Argentina. Dessa forma, resultará em um combustível de melhor qualidade, mas também mais caro para ser produzido.
Segundo a Petrobras, essa diferença a mais no preço da gasolina será compensada pelo ganho de rendimento, possibilitando ao veículo “rodar mais quilômetros por litro”. Apesar da expectativa de alta nos valores, ainda não há maiores informações quanto ao reajuste.
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