Na última quinta-feira, mais um voo entrou para a história da aeronáutica: a maior aeronave elétrica do mundo sobrevoou a região de Washington, nos Estados Unidos, durante 30 minutos. O feito foi transmitido ao vivo e tem sido considerado um marco no setor de transportes e na evolução da aviação elétrica.
O modelo usado foi o Cessna 208B Grand Caravan, adaptado pela empresa de propulsão Magnix, tendo 12,6 metros de comprimento, atingindo até 340 quilômetros por hora e podendo levar o piloto e nove passageiros. "Esse primeiro voo do eCaravan é mais um passo no caminho para operar essas aeronaves a uma fração do custo normal, com zero emissão e entre aeroportos menores", disse Roei Ganzarski, CEO da companhia.
Confira um trecho do voo.
A pegada de carbono é uma das maiores dificuldades de contornar na aviação. Segundo o sociólogo ambiental Roger Tyers, as aeronaves mundiais consomem 5 milhões de barris de óleo todos os dias, mas isso deve aumentar: estima-se que a quantidade de voos dobre até 2035. A emissão de dióxido de carbono e outros gases causadores do efeito estufa contribui para o aquecimento global.
Investir em aviões elétricos tem sido a saída. Atualmente, existem mais de 1,7 mil projetos no mundo para desenvolver modelos com zero emissão. Cerca de metade deles começou a surgir a partir de abril de 2018, então é uma área bastante recente e com muito potencial para os próximos anos. A grande dificuldade do momento é desenvolver baterias potentes o suficiente para aguentar voos mais longos.
Com esse avanço, as viagens poderiam se tornar mais baratas, já que os motores elétricos são muito mais simples do ponto de vista mecânico. Os custos de manutenção poderiam ser reduzidos em até 80%, tornando os voos muito mais acessíveis, principalmente entre aeroportos menores.
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