A montadora Tesla reforçou acusações de que uma startup chinesa teria roubado e estaria utilizando códigos do sistema de piloto automático da empresa em seus próprios veículos sem autorização. A culpada seria a Xpeng, que acaba de apresentar ao mundo o modelo P7, que bate o próprio Model 3 da Tesla em autonomia de bateria.
O processo está correndo desde o ano passado contra Guangzhi Cao, um engenheiro que trabalhava na divisão do Autopilot da Tesla e, depois de se demitir, virou funcionário da Xpeng. Segundo a acusação, ele teria baixado códigos do sistema para um dispositivo pessoal via Airdrop e "trocado" os documentos pela vaga ao entrar na equipe.
Agora, em 2020, a Tesla ligou o processo a um funcionário da Apple que também foi demitido da marca e, em seguida, integrou o quadro da Xpeng. As coincidências na história foram levantadas como suspeitas: ambos teriam sido recrutados pelo mesmo gerente da empresa chinesa com o objetivo de entregar segredos das antigas empregadoras.
A resposta da Xpeng
A Xpeng chegou a enviar um estudo forense de aparelhos do engenheiro com 12 mil arquivos para provar que não há códigos roubados. Segundo ela, por enquanto, não há evidências concretas apresentadas que o roubo de fato aconteceu. Além disso, Cao reconheceu que chegou a fazer o download via iCloud, mas "afirma ter deletado os dados antes de deixar a montadora".
Em um comunicado enviado à Bloomberg, que detalhou o processo, a montadora chinesa afirma que as acusações da Tesla "passaram do ponto" e que, por criminalizarem dois engenheiros chineses, a empresa traz "especulações fúteis e estereotipadas".
Com as novas demandas por informação, o julgamento deve acontecer em maio.
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