Nesta quinta-feira (12), a prefeitura de São Paulo e as operadoras de serviços financeiros Visa e Mastercard, em conjunto com as companhias de bilhetagem eletrônica Prodata, Digicom e Empresa 1, vão oficializar uma parceria que permitirá o pagamento de passagens no transporte público com o uso de cartões de crédito por aproximação.
De acordo com dados do Banco Central, até o ano de 2018, de cada 10 transações com valores abaixo de R$ 10 realizadas no Brasil, nove são pagas com dinheiro.
Até pouco tempo, grande parte dos estabelecimentos comerciais aplicava limite mínimo para pagamentos com cartões de crédito. Isso acontecia devido às elevadas taxas cobradas neste tipo de pagamento, o que os tornava desfavoráveis.
Nos últimos anos, o crescimento do setor incentivou a concorrência e derrubou essas taxas. Agora, já é possível enxergar a capacidade de receita que pode ser gerada com a chegada desses pagamentos no transporte público.
De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes de São Paulo, só em agosto o sistema de ônibus urbanos da capital paulista transportou 232,7 milhões de passageiros. Com a tarifa do ônibus urbano da cidade cotada a R$ 4,30, são movimentados cerca de R$ 12 bilhões por ano. Se essas passagens fossem pagas com cartões de crédito, na tarifa atual cobrada para lojistas, a receita gerada seria de aproximadamente R$ 250 milhões, que seriam divididos entre as operadoras dos cartões.
Se esse cálculo for projetado a nível nacional, o valor da receita subiria para potenciais R$ 1 bilhão.
No entanto, para Carlos Netto, presidente da Matera, empresa de soluções tecnológicas para fintechs, a aposta nesta indústria pode ser uma ideia defasada. Logo, os micropagamentos com QR Code devem se popularizar.
Para usar, é preciso aproximar o cartão do validador, assim como faz com o Bilhete Único. ??Imagem: Gabriel Facchini pic.twitter.com/GgO88D3hzY
— Cidade de São Paulo (@prefsp) September 12, 2019
O QR Code é um tipo de pagamento via aproximação de celulares, bastante semelhante aos que utilizam o NFC. A vantagem é ele não requer que o usuário possua um cartão de crédito.
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