Foi somente por 1 minuto, mas o protótipo da NEC Corp, de Tóquio, aproximou a nossa realidade um pouco mais dos carros voadores dos Jetsons. O veículo parece mais um drone grande do que um carro voador propriamente dito (não é, inclusive, tripulado) e é movido a bateria, o que deu energia suficiente para que ele alcançasse a altura de 3 metros, guiado por um controle remoto.
A experiência aconteceu dentro de uma gaiola em uma instalação da empresa em Abiko, no Japão. Segundo o vice-presidente da empresa de tecnologia, Norihiko Ishiguro, “nós da NEC acreditamos que uma revolução de viagens centrada em carros voadores ocorrerá. Quando chegar a hora, queremos fornecer tecnologia e serviços como uma base de gerenciamento."
O voo de teste da NEC é o primeiro de uma grande corporação japonesa e o mais recente avanço na corrida global para criar veículos voadores autônomos, que tem entre os competidores Uber, Airbus, Volocopter e Boeing. Há problemas ainda por resolver, como a vida útil da bateria, mas a tecnologia EVtol (“decolagem e aterrissagem vertical elétrica”, em português) é supostamente mais barata, mais silenciosa e mais acessível que a dos helicópteros.
“Com inovações em motores e baterias, chegou a hora de um veículo voador se tornar real”, disse o analista do Ministério da Economia japonês Fumiaki Ebihara, no ano passado.
Investimentos de risco
O Japão, depois de ficar para trás em avanços tecnológicos como carros elétricos, criou o Fundo Drone, grupo de capitalistas de risco que investem em aeronaves autônomas (o que inclui carros voadores), e o governo até construiu um campo de testes em Fukushima (mais conhecida pela catástrofe nuclear de sua usina). Segundo Ishiguro, faz parte dos planos de infraestrutura do governo japonês usar a tecnologia para entregar mercadorias a partir de 2023 e para viagens diárias, na próxima década.
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