O estado norte-americano da Virgínia pretende muito em breve investir em uma ponte para conexão com Washington D.C. e, antes de investir US$ 1,3 bilhão para isso, o governo pesquisa outras opções mais modernas — afinal de contas, a ideia é usar a verba para algo que não fique obsoleto em pouco tempo. Assim, foram enviados para a Califórnia um grupo de especialistas em trânsito do conselho local para ver o que Elon Musk está desenvolvendo com sua Boring Company.
Aparentemente, eles não ficaram muito impressionados. Tudo bem que os relatórios desse tipo de análise costumam ser o mais objetivo, conciso e neutro possível — mas, à distância, pode até parecer que a ideia de Musk é muito menor do vem sendo divulgado. Michael McLaughlin, chefe de transportes ferroviários da Virgínia, descreveu a iniciativa como “um carro em um túnel muito pequeno”.
Compraram uma máquina de perfuração usada e colocaram um Model 3 para ficar passando a quase 100 km/h em um túnel onde foi desenvolvido um produto da SpaceX
Scott Kasprowicz, um membro do órgão regulador Commonwealth Transportation Board e participante da mesma comitiva, até mesmo disse que talvez haja mais atenção ao “espetáculo” do que sobre a execução do projeto. “Não pretendo sugerir que eles não têm um plano sério em mente, mas não considero substanciais os passos adotados até agora. Compraram uma máquina de perfuração usada e colocaram um Model 3 (da Tesla) passando a quase 100 km/h em túnel em um buraco onde desenvolveram um produto da SpaceX. Nada disso, acho, é realmente significativo do ponto de vista para avançar neste processo.”
A conclusão do documento é “se um dia decidirmos que isso é viável, obviamente voltaremos”. Novamente, embora as palavras pareçam duras, fazem parte de um olhar mais cético sobre a coisa toda. Como a Boring Company vem conseguindo fechar as parcerias e há muita curiosidade sobre o assunto, um pouco de crítica talvez ajude a manter os responsáveis com “os pés no chão”.
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