A Cabify realizou nesta quarta-feira (23) uma conferência para apresentar o avanço na integração com o Easy (antes Easy Taxi), pois ambos os serviços de veículo particular e táxi fazem parte do grupo espanhol Maxi Mobility — que recentemente recebeu um aporte de US$ 160 milhões para expandir as marcas na América Latina e manter a disputa com a Uber e a 99 no Brasil.
Por enquanto não há previsão de ampliação do número de cidades atendidas ou mais formas de pagamento
Para isso, foi necessário unir as equipes de gestão das duas companhias. “Ao trabalharmos juntos, poderemos melhorar a experiência do usuário, dos taxistas e dos motoristas parceiros. Desejamos que os passageiros percebam a vantagem de ter mais possibilidades para se locomover nas cidades e que nossos motoristas parceiros e taxistas se beneficiem de ter usuários das duas plataformas solicitando seus serviços”, afirma Juan de Antonio, CEO da Maxi Mobility e fundador da Cabify.
Em um primeiro momento, isso não significa que teremos mais praças no Brasil. A Cabify está atualmente em sete cidades (Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Santos e São Paulo). “Por enquanto o mercado está irracional para expandirmos com sustentabilidade, quando ele voltar a se racional, pensamos em cidades no Nordeste, que têm grande potencial para nossos serviços”, comentou Jorge Pilo Country Manager da Cabify no Brasil.
Fonte: Easy
O “mercado irracional” a que ele se refere é o investimento agressivo em market share realizado pela Uber e 99, que injetam verba para ter mais passageiros um valor atualmente muito acima do mercado. O foco é melhorar o serviço já disponível antes de expandi-lo, com mais opções de mobilidade — isso inclui as duas formas de uso, com Cabify e Easy, e suas subcategorias, já que assim a companhia pode aproveitar a cobertura herdada do Easy Taxi em 51 municípios . “Às 17h subindo a Rebouças na chuva, seria melhor o táxi. Às 2h, voltando de uma festa, seria melhor o veículo privado”, exemplifica Pilo.
Com relação aos pagamentos, eles devem continuar sendo realizados somente via cartão de crédito ou contas corporativas. “Não temos condições de oferecer um sistema de pagamento com dinheiro seguro para o motorista e para o passageiro. Quando conseguirmos, vamos liberar”, adiantou o executivo.
Outras opções de mobilidade devem chegar em breve
O plano global para a Maxi Mobility — e isso inclui seus três maiores mercados, que são Espanha, México e Brasil, nessa ordem — é aumentar suas ofertas em MaaS (Mobility as a Service). No Cabify e no Easy, a ideia é entender diferentes tipos de usuários e encontrar a melhor solução para cada faixa.
“O primeiro projeto é o que chamamos de ‘solicitação cruzada’ ou ‘cross request’. Na prática, os usuários da Cabify poderão solicitar um táxi da Easy dentro do app da Cabify. Acreditamos que é interessante, principalmente para os clientes corporativos. O cross request garante mais disponibilidade de carros para passageiros e também aumento de público para motoristas parceiros e para taxistas”, explica o CEO Juan Antonio.
A ideia é de ter esse modelo de negócios incorporado ao Voom, que aluga táxis aéreos; ao Glovo, startup de entrega de itens; e ao Movo, um sistema de aluguel de motos e patinetes elétricas. Esse último já está operando no México e pode chegar aqui em breve — e o mercado anda aquecido, com a ampliação da Yellow em todo o país.
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