Não é de hoje que a Google vem entrando no mercado de sistemas multimídia para automóveis. Em 2017, a companhia anunciou que a Audi e a Volvo passariam a utilizar o sistema Android; agora, foi a vez de a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi anunciar uma parceria com a gigante da internet. A união, divulgada na última terça-feira (18), terá como objetivo incorporar o sistema operacional Android em veículos vendidos pelas marcas, fornecendo infoentretenimento inteligente e apps focados nos clientes em diversos modelos e marcas.
O intuito é oferecer aos clientes uma nova gama de serviços, incluindo o Google Maps, o Google Assistente e a Google Play Store. Os serviços estão programados para iniciar em 2021, combinando upgrades de software remoto baseado em Alliance Intelligent Cloud e diagnósticos de veículos.
Apesar da união das montadoras, cada uma delas poderá personalizar a experiência e a interface de acordo com o que desejar. "No futuro, o Assistente do Google, que emprega a tecnologia de inteligência artificial avançada da Google, pode se tornar a principal maneira de os clientes interagirem com seus veículos", explicou Kal Mos, vice-presidente global de veículos conectados da Renault-Nissan-Mitsubishi.
No ano passado, a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi vendeu 10,6 milhões de automóveis em todo o mundo e, até junho deste ano, foram cerca de 5,54 milhões de veículos. Levando em consideração que o Android não chegará para as marcas nos próximos 3 anos, estima-se que o número de vendas seja semelhante ao de 2017. Porém, calcula-se que quando o sistema estiver implantado a aliança deverá vender mais de 14 milhões de carros em 2022.
Vale dizer que apesar de a Google vir tentando ocupar o espaço dos automóveis há mais de uma década, muitas montadoras veem a companhia como concorrente em potencial para extrair dados de usuários e obter lucro. Por isso, montadoras como Mercedes-Benz e BMW optam por criar seus próprios sistemas de GPS.
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