A SpaceX apresentou no ano passado uma ideia muito interessante: a companhia de Elon Musk pretende usar a tecnologia já aplicada em seus foguetes para viagens espaciais em um projeto que poderá levar passageiros em trajetos como Londres e Dubai em apenas 29 minutos. Depois o anúncio, em setembro, não se falava muito nisso, até que nesta semana a presidente de chefe de operações Gwynne Shotwell assegurou que isso será possível “dentro de uma década, com certeza”.
Preços das passagens em viagens transoceânicas seriam um pouco mais caros que os atualmente praticados pelas classes executivas em aviões, mas não passariam dos quatro dígitos
“Isso definitivamente vai acontecer”, prometeu, durante conferência TED (Technology, Entertainment and Design), em Vancouver. De acordo com a executiva, a expectativa é de que nesse período a companhia também consiga usar esse mesmo programa para deslocamento até Marte. A ideia é ter uma propulsor muito grande, capaz de voar como uma aeronave com 100 pessoas e em uma velocidade bem maior que a de um avião.
Gwynne comentou que esse veículo deve completar seus deslocamentos em média entre 30 e 40 minutos e que ele pousaria em uma área de cinco a dez quilômetros distante do centro dos pontos de embarque e desembarque. O preço dos tíquetes ficaria entre os atualmente praticados na classe econômica e na executiva e o valor das passagens transoceânicas não passaria dos quatro dígitos. “Mas você faria (a viagem) em apenas uma hora”, justifica.
Demonstração da SpaceX mostra como seria o foguete para viagens intercontinentais
Mas como o custo pode ser relativamente baixo dessa forma? Segundo Gwynne, os foguetes poderiam operar em uma mesma rota uma dúzia de vezes por dia, enquanto um avião percorre longas distâncias, geralmente, uma vez por dia. Ela não deu muitos detalhes sobre segurança, design dos assentos e outras comodidades, mas está confiante de que a partir da próxima década o tempo gasto para deslocamentos seja muito menor. “Investi pessoalmente nisso, porque viajo muito e não gosto de viajar. Adoraria ver meus clientes em Riad, saindo de manhã, e voltar a tempo de fazer o jantar.”
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