Enquanto o Uber parece estar mais uma vez caminhando a uma espiral descendente, alguns de seus concorrentes aproveitam o espaço para abocanhar mais um pedacinho do mercado. A Lyft, arquirrival da companhia nos EUA, que o diga. De acordo com relatórios financeiros recentes, a companhia, que é o segundo maior serviço de caronas pagas do país, teve uma renda três vezes maior em 2017 do que no ano passado.
Ao que parece, a entrada de dinheiro ao longo de 12 meses passou de “modestos” US$ 150 milhões para nada menos que US$ 483 milhões. As margens do negócio também melhoraram substancialmente, com o prejuízo por corrida caindo de US$ 4 para somente US$ 1,20. Essa redução fez as perdas da operação passarem de US$ 283 milhões para US$ 206 milhões.
Pode parecer muito para o cidadão comum, mas é apenas os custos da expansão constante da empresa e do fortalecimento da marca. Para efeitos de comparação, o Uber viu US$ 1,5 bilhão escoar dos seus cofres apenas no último trimestre, adicionando um bocado de dinheiro aos US$ 2 bilhões perdidos durante a primeira metade do ano.
Essa sangria de dólares da empresa fundada por Travis Kalanick não é exatamente uma surpresa para quem vem acompanhando a indústria. Isso porque o Uber foi detonado por conta de casos de assédio sexual, o próprio TK se envolveu em uma série de polêmicas mesmo após deixar o cargo de CEO e, de quebra, a companhia revelou há algumas semanas que havia encoberto um episódio de vazamento de dados que comprometeu informações de mais de 57 milhões de usuários da plataforma.
Seja como for, não é como se esse fosse o fim do Uber. Afinal, tanto o negócio capitaneado por Dara Khosrowshahi quanto o Lyft ainda são bem atraentes para os investidores e continuam captando recursos adicionais para levar o negócio adiante.
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