Pouco depois de a Ford anunciar uma parceria com a montadora local Zotye para reforçar sua presença na China – e oferecer um portfólio de carros elétricos feitos sob medida para a região –, a Volkswagen também começa seu plano de expansão no país. E com praticamente os mesmos ingredientes. Isso porque, segundo a Reuters, a alemã planeja lançar nada menos que 15 novos veículos por lá até 2020, entre modelos híbridos e totalmente elétricos.
O mercado chinês é tão atraente – e com um potencial tão grande – que a fabricante já revelou que deve investir cerca de US$ 11,8 bilhões na brincadeira. Não se engane: a grana deve ser usada tanto no desenvolvimento desses novos possantes quanto nos trâmites legais do cada vez mais exigente setor automotivo local. Como a China quer banir de vez os automóveis a combustão já nos próximos anos, é natural que as leis em torno do segmento de elétricos fiquem cada vez mais duras.
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A empreitada deve ajudar a VW a bater algumas de suas metas no país, incluindo a de vender 400 mil carros EV por lá até 2020. Achou muito? Saiba então que a expectativa é que, a partir de 2025, as vendas passem para 1,5 milhão de unidades por ano. Uau. A ideia é que todos esses carros sejam fabricados na China, já que os veículos produzidos fora do país (ou sem um parceiro local) precisam pagar um imposto de importação de nada menos que 25% em cima do seu preço original – fazendo com que a frota não seja nada competitiva.
Como bem lembra o pessoal do Ars Technica, além de a expansão em território chinês ser uma oportunidade de ouro para ampliar os ganhos da marca, ela também pode ajudar a Volkswagen a se redimir de toda a polêmica do Dieselgate. Afinal, nada como combater toda uma treta em torno de maquiar sua emissão de carbono ampliando sua produção de automóveis movidos a energia limpa, não é?
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