Enquanto o resto do mundo está aprendendo a aceitar os serviços de carona paga como Uber, Lyft e similares, a China já vive outra realidade: a dos serviços de compartilhamento de bikes. Embora o setor cresça bastante por lá, nem tudo são flores para as empresas que querem participar da brincadeira. A Bluegogo, por exemplo, está sentindo isso na pele.
Terceira maior marca do setor e responsável por captar mais de US$ 90 milhões em investimentos, a empresa parece estar em maus lençóis, podendo até mesmo dar o calote em milhares de usuários. Segundo o pessoal do TechCrunch, a companhia perdeu seus principais executivos, seu CEO correu para fora do país e os clientes foram impedidos de sacar os US$ 15 de depósito de segurança para o uso do serviço.
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Não é só os consumidores que estão sofrendo com a aparente queda da empresa. O pagamento do salário dos funcionários da casa, que já estava atrasado há alguns meses, foi adiado para fevereiro de 2018 e pode ser dissolvido em suaves parcelas até sabe-se lá quando. O que vai acontecer com as 700 mil bicicletas do serviço na China e com os planos de expansão da marca para o Ocidente? Não há resposta oficial, mas as chances são que tudo foi por água abaixo mesmo – até o site oficial deles está fora do ar.
O ecossistema altamente competitivo do país, liderado pelas bilionárias Mobike e Ofo, pode ter sido o principal culpado do atual destino da Bluegogo. Com Tencent e Alibaba por trás de suas operações, a dupla icônica do compartilhamento de bikes consegue esmagar qualquer competição local e, muito em breve, deve mostrar sua força em cidades nos EUA e na Europa. Vai achando que a China está de brincadeira, vai.
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