A General Motors é, das montadoras tradicionais, a que parece estar com o plano mais sólido para entrar no mundo dos elétricos e autônomos que, até agora, só foi explorado consistentemente por empresas com um pé mais na área de tecnologia.
A mais recente aquisição para sedimentar a posição da GM foi a Strobe, uma companhia focada no desenvolvimento de tecnologia em sensores LiDAR – conhecidos por serem os “olhos” dos autônomos..
Isso faz com que a gigante de Detroit tenha em sua cadeia logística praticamente todos os processos necessários para a produção de veículos sem motoristas. A Strobe, por sua vez, vai trabalhar junto a outra subsidiária da GM, a Cruise Automation, que é a responsável pelo desenvolvimento de boa parte da estrutura para permitir que os carros tenham direção autônoma.
Esse preparo todo, no entanto, não veio sem um custo: os carros da montadora que estavam em testes da tecnologia se envolveram em seis acidentes só em setembro. A notícia foi dada pela própria Cruise, que reafirmou que em nenhum dos casos a culpa foi do veículo autônomo.
A empresa explicou que nenhuma das colisões foi realmente séria, mas a situação deixa evidente as dificuldades inerentes à implementação de uma nova tecnologia, principalmente quando ela, obrigatoriamente, precisa interagir com pessoas que não estão tão preparadas atrás de um volante. A maior parte dos acidentes consistiu em humanos batendo na traseira do carro autônomo durante frenagens – em um caso, o motorista estava usando o celular.
A GM já reportou 13 incidentes em 2017, contra apenas três da Waymo, a contraparte da montadora na área de tecnologia. Ossos do ofício, pelo visto.
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