Depois do lançamento do Model 3, muita gente percebeu que, apesar de ter algumas informações divulgadas, como autonomia, aceleração e velocidade máxima, especificações técnicas do carro (como potência e capacidade do conjunto de baterias) ainda não surgiram – e, na verdade, pode ser que nunca apareçam.
Isso porque, segundo um porta-voz da companhia, a empresa está focando em autonomia em vez de capacidade, já que kWh não é um conceito muito intuitivo para muitas pessoas – em especial aquelas que estão buscando o modelo mais simples disponibilizado pela Tesla. Isso faz com que a omissão da empresa seja, claramente, uma estratégia de marketing.
Em um mundo que já é alimentado por disputas sobre quem mostra o número mais superlativo e absurdo, que, ironicamente, a Tesla já fez parte, a nova estratégia parece ser a mais acertada possível: ao mostrar o que importa na prática para o cliente, os dados técnicos se tornam secundários.
Por outro lado, a ausência dessas informações tornam uma comparação com potenciais concorrentes uma tarefa difícil e, nesse caso, mostram que a Tesla tem mais sorte do que juízo, visto que o seu Model 3 ainda não tem um número expressivo de rivais.
A estratégia, no entanto, está muito mais alinhada com práticas de empresas de tecnologia do que com as empregadas por companhias do ramo automotivo. A Intel, por exemplo, não pesa mais seus chips pela velocidade do clock somente – em vez disso, ela exemplifica do que o processador é capaz na prática e como ele pode atender melhor o usuário.
No entanto, é muito difícil que outras empresas adotem a mesma postura: os números, mais do que uma referência para comparativos, ainda são um ótimo argumento de venda para os modelos mais convencionais.
Você sente falta das informações que a Tesla omitiu até agora ou concorda com a estratégia adotada pela empresa? Deixe sua opinião nos comentários!
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