A Lyft, principal concorrente da Uber nos EUA, está em um ótimo momento e quer aproveitar isso para desenvolver um sistema próprio de direção autônoma. Para isso, a empresa espera contar com algumas parcerias estratégicas que foram fechadas recentemente, uma dela sendo com a Waymo, com quem a Uber está no meio de um processo judicial.
A criação desse sistema de direção vem através do “Level 5 Engineering Center” (“Centro de Engenharia Nível 5”, uma alusão ao último nível na escala SAE de direção autônoma), um escritório recém-aberto no Vale do Silício, que vai trabalhar tanto na parte de hardware quanto de software para que os carros possam dirigir sem motorista por aí.
Ao contrário de um projeto similar que a Uber também vem tocando, no entanto, a Lyft quer fazer isso de forma colaborativa. A companhia explicou, através de um post no Medium, que o foco é desenvolver esse sistema de forma aberta – para isso, ela conta com a ajuda de empresas como a Waymo e a nuTonomy. A expectativa é que isso permita que a tecnologia seja desenvolvida mais rápida para a Lyft e para seus parceiros.
“Para deixar claro, não estamos pensando na nossa divisão de direção autônoma como um projeto paralelo”, explicou o vice presidente de engenharia da Lyft, Luc Vincent. “Esse é o núcleo do nosso negócio”. O executivo explicou que cerca de 10% do time de engenharia está focado no desenvolvimento de veículos autônomos e esse grupo deve aumentar.
Ainda assim, o VP afirma que a Lyft sempre terá uma frota híbrida, composta por carros conduzidos por humanos e, lógico, por veículos autônomos. O objetivo final será sempre levar as pessoas aonde elas querem chegar.
“Nos próximos anos, vamos continuar a trazer as principais companhias de tecnologia e da indústria automotiva para esta plataforma única que vai servir a uma rede de passageiros de nível nacional – e, juntos, vamos continuar em direção a um único objetivo compartilhado: construir o melhor ecossistema de transporte do mundo”, concluiu Vincent.
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