(Fonte da imagem: New Scientist)
O ditador Kim Jong-il arranjou uma maneira inusitada de levantar dinheiro para seu país, que sofre com as sanções impostas pelas Nações Unidas. Segundo autoridades da Coreia do Sul, um time de hackers norte-coreanos invadiu jogos online populares (os famosos MMOs) para descobrir meios de adquirir mais pontos e ter acesso rápido a equipamentos raros.
Segundo reportagem publicada pelo The New York Times, no dia 4 de agosto a polícia sul-coreana prendeu cinco pessoas responsáveis por organizar um esquadrão de 30 hackers especializados nesse tipo de ação. Entre os prejudicados pelo esquema estão títulos como Lineage e Dungeon and Fighter, que tiveram brechas de segurança exploradas para permitir a jogatina automática de personagens (os famosos bots).
Os pontos e equipamentos acumulados eram vendidos por dinheiro real a jogadores dispostos a melhorar as habilidades de seus personagens, sem ter que se esforçar para tanto. Além disso, também era vendido o software responsável por explorar as falhas de segurança dos servidores.
Ataques frequentes
Em cerca de dois anos, a operação rendeu lucros de aproximadamente US$ 6 milhões. 55% desse valor era destinado aos hackers, que enviavam parte do dinheiro a agentes em Pyongyang, capital da Coreia do Norte. Segundo Chung Kil-hwan, oficial superior da Unidade de Investigação de Crimes Internacionais da Coreia do Sul, todos os invasores eram graduados em universidades de elite do país vizinho.
(Fonte da imagem: NCsoft)
Não é a primeira vez que acusações desse tipo surgem. Em julho de 2009, a Coreia do Sul acusou hackers da Coreia do Norte como os responsáveis pela criação de softwares maliciosos que paralisaram sites do governo e de diversas instituições financeiras. Situação semelhante aconteceu em maio, quando ataques derrubaram a rede de um banco sul-coreano. O governo de Kim Jon-il negou os ataques, dizendo que as alegações do país vizinho não passavam de uma conspiração inventada.
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