A Microsoft realizou um verdadeiro espetáculo na última quinta-feira, 21. Audaciosa, a empresa sediou um evento no Allianz Parque, o reformado estádio do Palmeiras, em São Paulo, para trazer novidades pontuais à comunidade de desenvolvedores no Brasil. Trata-se da Build 2015, que teve sua primeira edição no país. O estádio foi o local escolhido para a realização do evento.
Para quem não conhece, a Build é um dos principais acontecimentos anuais da empresa de Bill Gates, pois é a ocasião oportuna para apresentar recursos e novidades a programadores e desenvolvedores de aplicativos. A principal novidade deste ano, já discorrida na edição norte-americana do evento, foi a unificação de APIs, sendo necessária apenas uma linguagem de codificação para que um aplicativo funcione universalmente nos dispositivos Microsoft (Windows 10, tablets, smartphones e Xbox One).
Os gringos piraram no estádio
Pete Brown, gerente de produtos da Microsoft, foi o apresentador e mediador das palestras, que contaram com a presença de programadores das mais diversas propostas, desde a área educacional até arquitetura e entretenimento. O executivo contou que jamais imaginava palestrar num estádio de futebol. “Nunca imaginei que um dia iria palestrar num estádio de futebol. Não sabia se entrava com uma bola ou uma guitarra”, brincou o gerente, que se comportou de forma descontraída ao longo do evento e usava roupa de juiz.
Os dizeres certamente foram uma alusão aos jogos e shows que ocorrem no estádio. A acústica do Allianz Parque é impecável, e até Paul McCartney cantou por lá em 2014. A menção de “bola ou guitarra” se referiu a ocasiões como essa.
Pete Brown estava trajado de juiz no evento
Vida dos programadores ficou facilitada
O principal tópico dissertado ao longo do evento, que teve início às 9h e terminou às 17h, foi a universalização das APIs. Agora, os programadores não precisam reescrever códigos conforme a plataforma ou se complicar em outras etapas. Todos os dispositivos Microsoft se comunicarão com uma mesma linguagem.
Uma mesma API servirá para PC, Xbox One, aparelhos mobile e até mesmo HoloLens. Infelizmente, a Microsoft não trouxe o promissor acessório ao evento, mas Brown disse que “a programação para ele será mais fácil do que muitos imaginam”. Os principais pontos discutidos foram os seguintes:
- Os apps Microsoft estarão presentes em mais de 1 bilhão de dispositivos;
- O usuário poderá utilizar informação biométrica para logar;
- A procura de apps no Cortana estará otimizada e mostrará todas as opções que possam atender ao seu objetivo;
- Não será preciso digitar códigos duas vezes;
- A experiência é universal, mas personalizada;
- Mais de 2.500 novos recursos de plataforma vão chegar;
- Sim, os desenvolvedores vão poder criar apps para as HoloLens.
Vídeo demonstrativo das HoloLens
Cortana em português chega em 2016
Conforme noticiado mais cedo aqui no TecMundo, a assistente Cortana ganhou nova data para ter versão em português: 2016. Convém lembrar que, em 2014, a Microsoft disse que o nosso idioma chegaria ao programa em 2015, ou seja, este ano. Agora, a nova data é 2016.
Sem muito alarde, a empresa disse que o desenvolvimento do Cortana envolve uma série de etapas de localização e regionalização, principalmente no que diz respeito ao reconhecimento da fala e conversão de textos. Sem se prolongar muito, Brown contou que a versão em português chega ano que vem, e não há uma janela precisa ainda. A intenção da empresa é expandir o Cortana ao maior número possível de países.
No geral, o Build 2015 mostrou que o Brasil é uma realidade, e não uma opção para a Microsoft. O evento contou com um grande número de programadores/desenvolvedores, algo que mostra a força da comunidade por aqui.
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