Após construir um império baseado em softwares com códigos fechados, a Microsoft fez o que muitos consideravam improvável nesta quarta-feira (16); se tornou um membro Platinum da Linux Foundation. Segundo Jim Zemlin, diretor executivo da fundação, a decisão permite que a empresa “colabore de forma mais eficiente com a comunidade open source para entregar a mais pessoas experiências transformadoras na nuvem e no ambiente mobile”.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
“Haverá alguma descrença, mas isso vai surgir de um grupo pequeno”, afirmou Zemlin ao TechCrunch. “Há um sentimento anti-establishment no open source. Isso é algo natural”, complementou. Segundo ele, a reação desconfiada é normal quando uma companhia grande decide começar a trabalhar com ferramentas de forma mais aberta, algo que não seria diferente com uma gigante como a Microsoft.
Há um sentimento anti-establishment no open source. Isso é algo natural
Embora a comunidade open source esteja receosa quanto às iniciativas recentes da organização, ela provou que consegue trabalhar nesse sistema com produtos como o Visual Studio Code e o .NET. Além de publicar repositórios de códigos-fonte atualizados com braços de desenvolvimento internos, a companhia também já desenvolveu ferramentas com o auxílio ativo de contribuidores externos e procurou o consenso da comunidade ao criar novos recursos.
Outra surpresa surgida nesta quarta-feira é o fato de que a Google se juntou à .NET Foundation, algo estranho quando levamos em consideração o grande apoio da empresa ao Java. Ao que tudo indica, o movimento tem como objetivo trazer à Google Cloud Platform o suporte à tecnologia, que é bastante usada pelo meio corporativo.