Fios de cobre podem impedir o avanço da Lei de Moore

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(Fonte da imagem: Reprodução/VentureBeat)

Uma das leis mais bem estabelecidas do mundo da informática é que, a cada 18 meses, o número de transistores presentes em um chip tende a aumentar em 60%, enquanto o consumo energético permanece o mesmo. Essa afirmação, conhecida como Lei de Moore (forjada pelo ex-presidente da Intel, Gordon E. Moore) tem se provado verdade até o momento, embora diversos obstáculos estejam dispostos a acabar com ela — o último deles são os fios de cobres usados na produção de processadores.

A próxima geração de transistores deve ter tamanho de somente 22 nanômetros, o que torna o uso do metal bastante complicado. Além de a resistência do elemento limitar a velocidade de transmissão de dados, o material está se tornando cada vez menos confiável conforme diminuem as dimensões dos dispositivos eletrônicos.

Segundo Mehul Naik, especialista na fabricação de chips da Applied Materials, métodos de produção baseados em cobre foram uma boa solução nas últimas duas décadas, porém essa história pode mudar em breve. Segundo ele, a geração de processadores com 14 nanômetros pode se provar o ponto-limite em que a resistência do material ficará tão grande que será impossível utilizá-lo.

Problema grave para a indústria

Esse problema está ganhando características emergenciais para a indústria de chips, avaliada atualmente em US$ 300 bilhões. Substitutos para o metal estão sendo discutidos esta semana durante a International Electron Devices Meeting, evento realizado na cidade de São Francisco. Durante a conferência, serão apresentadas alternativas para que a resistência do cobre deixe de ser um fator que comprometa o avanço da indústria.

(Fonte da imagem: Reprodução/VentureBeat)

A solução atual envolve o uso de novos materiais para realizar o isolamento do metal, processo que ainda enfrenta dificuldades devido à diminuição constante dos componentes eletrônicos. “Precisamos achar novos materiais”, afirma Naik. “Podemos inclusive ter que encarar a possibilidade de abandonar completamente o cobre”, complementa.

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