(Fonte da imagem: LANES)
No começo de 2011, pesquisadores da Ecole Polytechnique Fédérale de Lausanne (EPFL), na Suíça, revelaram as vantagens de um material chamado Molybdenite (MoS2) com relação ao silício. Trata-se de um mineral encontrado em abundância na natureza e cuja estrutura tem propriedades é semicondutoras, tornando-o uma ótima alternativa para a criação de transistores.
Agora, como uma segunda etapa no projeto, o LANES (Laboratory of Nanoscale Electronics and Structures) montou o primeiro circuito integrado (ou chip) utilizando o componente em vez do silício. O objetivo era provar na prática o que foi mostrado na teoria.
O primeiro chip
O molybdenite pode superar os limites físicos do silício tanto em flexibilidade mecânica, quando em consumo de energia e miniaturização. O protótipo inicial é composto por seis transistores seriais, operando com lógica binária básica.
Segundo o diretor da LANES, Andras Kis, o molybdenite permite reduzir facilmente o tamanho dos transistores até a miniaturização completa. Ainda de acordo com Andras Kiss, podem-se criar circuitos até três vezes menores do que era possível desenvolver utilizando o silício.
Além disso, por se tratar de um material fisicamente flexível, ele pode ser aplicado na criação de dispositivos que necessitem de maior maleabilidade (como um computador que possa ser usado junto ao corpo, em uma roupa, por exemplo).
O próximo objetivo da EPFL é o desenvolvimento de modelos de transistores mais complexos utilizando o material, elevando o projeto a um novo patamar.
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