(Fonte da imagem: Reprodução/iStock)
De acordo com o IDC Brasil, instituto especializado em inteligência de mercado, a venda de computadores no nosso país voltou a apresentar queda no segundo trimestre deste ano, uma tendência já detectada nos primeiros três meses de 2013.
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Segundo esse levantamento, foram comercializadas 3,6 milhões de unidades entre os meses de abril e junho — o que representa uma queda de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.
O culpado estrangeiro
O vilão desse panorama é o preço desse tipo de equipamento, que aumentou em média 12% se comparado a esse mesmo trimestre de 2012 — custo impulsionado pela alta do dólar, que se intensificou no segundo trimestre deste ano. Se no ano passado o preço médio de um computador era de R$ 1.412, em 2013 esse valor subiu para R$ 1.580.
Além de elevar o custo de produção, essa flutuação cambial também afeta negativamente o setor corporativo, nicho que apresentou queda aproximada de 15% na compra de computadores, enquanto os consumidores convencionais tiveram uma redução de cerca de 7%. Conforme explicitado por Pedro Hagge, analista da IDC Brasil, “as empresas tendem a esperar que o dólar seja mais favorável para tomar suas decisões de compra”.
Por outro lado...
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Embora a quantidade de PCs vendidos tenha sido menor, a receita gerada pelas unidades vendidas em 2013 foi maior, atingindo R$ 5,7 bilhões — o que representa um crescimento de 1,2% em relação ao segundo trimestre de 2012.
“A partir de maio deste ano já começamos a ver um reajuste de preços dos PCs, o que explica a queda no número de unidades vendidas e ao mesmo tempo o aumento na receita. O mercado passa por um momento de transição para novos formatos e tecnologia mais aprimorada”, avaliou Hagge.
Revendo suas projeções
O novo levantamento fez com que a IDC Brasil reavaliasse as suas previsões para o mercado de computadores no país, aumentando a estimativa de retração desse segmento de 8% para 9% na média anual para 2013.
“No Brasil, o mercado de PCs já tem uma base instalada muito grande, e assim sua taxa de crescimento é estabilizada. Não se deve esperar taxas tão grandes como se via no passado. Os consumidores estão mais exigentes e a tendência é de melhores oportunidades no segmento de equipamentos com mais recursos e diferenciais, pois quem procura menores preços tem como alternativa outros dispositivos como tablets e smartphones”, concluiu o analista.
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