Parece que a Starlink terá uma nova concorrente no Brasil. Informações divulgadas pelo secretário de telecomunicações do Ministério das Comunicações, Hermano Barros Tercius, à BBC Brasil confirmam a expectativa da empresa chinesa SpaceSail começar a operar em solo nacional.
Segundo Tercius, a ideia é que Brasil e China assinem acordos e memorandos nas próximas semanas. A data coincide com a visita do presidente da China, Xi Jinping, ao Brasil para participar das reuniões da Cúpula do G20 em 20 de novembro, mas a ocasião também deve contemplar outras discussões entre os países.
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Apesar da animação do governo brasileiro para que isso aconteça, ainda não há uma data concreta para a SpaceSail vender seus produtos e serviços por aqui. Como as questões de licenças e operação costumam ser bem burocráticas no Brasil, é possível que a companhia asiática só comece sua investida a partir de 2025.
SpaceSail aposta em satélites LEO
Sediada em Xangai, a SpaceSail é uma empresa responsável por oferecer serviços de banda larga por meio de satélites de órbita baixa, também chamados de Low Earth Orbit (LEO). Essas estruturas são menores que os satélites tradicionais e orbitam o planeta a uma distância de aproximadamente 550 km.
Atualmente, a empresa possui apenas 18 satélites em órbita, mas tem um plano de lançar até 15 mil desses equipamentos ao espaço até 2030. Em visita à fábrica da empresa no fim de outubro, o ministro brasileiro das Comunicações, Juscelino Filho, também se mostrou a favor da vinda do novo serviço ao país.
Conheci as instalações da empresa, incluindo a fábrica e o centro de controle. Queremos ampliar a oferta de satélites de baixa órbita no Brasil e assim contribuir p/ a expansão da conectividade e levar internet a mais brasileiros, principalmente aqueles que vivem em áreas remotas pic.twitter.com/Ee6Y6sucZ6
— Juscelino Filho (@DepJuscelino) October 21, 2024
A chegada do SpaceSail é um ponto crucial no mercado de internet por satélite no Brasil. Estima-se que somente a Starlink domine 45% do mercado brasileiro, e a vinda de uma nova concorrente pode mudar esse cenário e estimular melhor a competitividade entre as marcas, principalmente após os atritos da empresa de Elon Musk com autoridades brasileiras.
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