Os brasileiros têm uma relação de amor sincero com o próprio celular. Pelo menos é o que indica um estudo recente realizado pelo portal Nomophobia.com. Por aqui, 79% dos brasileiros admitem usar excessivamente seus smartfones.
A média chama atenção por ser bem maior em comparação a outros países da América Latina, como os 63% no México, 62% na Argentina e 57% no Peru. Mais do que isso, muitos brasileiros (60%) também se sentem mais ansiosos quando estão longe de seus celulares.
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O que pouca gente sabe, porém, é que essa sensação tem nome: nomofobia. Abreviatura da frase em inglês “no mobile phone phobia”, o termo foi cunhado em 2008 e descreve o medo de ficar desconectado do celular.
Nomofobia é a abreviatura da frase em inglês “no mobile phone phobia”.
O medo não é totalmente infundado, afinal, a maioria das pessoas que têm um smartphone, guardam informações e acessos importantes no celular, desde documento de identidade até acessos a bancos.
Apesar de ser um grande facilitador na rotina, o uso também pode ser perigoso. Segundo a pesquisa, 13% dos entrevistados admitiram que perderam o emprego devido ao uso excessivo do celular. Acompanhe para saber mais!
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O que é e quais são os sintomas de Nomofobia?
Resumidamente, nomofobia é um medo irracional de ficar sem o celular – seja quando ele fica totalmente sem bateria, pela ausência de sinal ou pela sua perda.
Ao ficar longe do smartphone, algumas pessoas podem, inclusive, sentir algumas reações físicas, incluindo:
- tremedeira;
- suor excessivo;
- agitação;
- palpitações;
- dificuldade para respirar.
O medo irracional de ficar sem o celular já é realidade para muitos brasileiros (Foto: Reprodução/GettyImages)
Outros sinais que podem indicar nomofobia em uma pessoa é a verificação constante do smartphone (mesmo que não tenha urgência), desempenho abalado em outras atividades do dia a dia (como trabalho, estudos ou relacionamentos) e preocupação excessiva.
Falando sobre as causas, são várias. Mas podemos citar principalmente o uso crescente da tecnologia em tarefas de rotina e, claro, a expansão das redes sociais.
Boas práticas no uso do celular: como superar a fobia de ficar sem o celular?
A boa notícia é que podemos, por conta própria, colocar alguns limites no uso do smartphone para evitar condições mais drásticas no futuro.
Patrick O’Neill, criador do portal Nomophobia.com e do termo “nomophobia”, explica que algumas técnicas e até mesmo algumas funcionalidades dos próprios celulares podem ajudar a estabelecer limites para o seu uso no dia a dia.
"Criar o hábito de zonas livres de celulares, como o quarto e a mesa de jantar, por exemplo, ajuda a se desconectar e a valorizar o momento presente", comenta.
"Quanto aos dispositivos, você pode começar a configurar seu celular para receber apenas as notificações necessárias ou mesmo usar o modo 'não perturbe' em momentos de concentração, refeições e próximo à hora de dormir".
Além disso, organizar mais eventos presenciais com amigos e familiares também pode ajudar. “Se envolver em práticas de autoajuda, como a prática de exercícios físicos, meditação e hobbies, no geral, pode aumentar a resiliência emocional, reduzir a ansiedade e aliviar a gravidade dos sintomas de nomofobia”, explica Patrick.
Sobre o uso excessivo do celular em família, O’Neill cita uma dica da Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos referência na área de pesquisas médico-hospitalares. "Eles sugerem que as pessoas desenvolvam um plano familiar de tecnologia e mídias sociais para criar uma regra objetiva e consistente para controlar o tempo gasto com isso".
O objetivo é desenvolver consciência e mais atenção aos próprios padrões. "Isso é particularmente importante quando seus filhos são pequenos, pois eles aprenderão com seus comportamentos", acrescenta.
Vale ressaltar, porém, que as pessoas que se sentem excessivamente dependentes de seus smartphones, devem procurar um médico.
O que achou do conteúdo? Você já sabia dessa fobia? Para mais conteúdos como esse, continue de olho no TecMundo. Inclusive, entenda sobre a Ludopatia – o vício em apostas. Até a próxima!
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