Presidente Lula volta a pedir a regulação da IA e critica big techs na ONU

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a regulação da inteligência artificial durante o discurso de abertura da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos), nesta terça-feira (24). Ele também criticou a atuação das big techs, em uma indireta aos problemas do X no Brasil.

Assim como havia feito durante a reunião da cúpula do G7 na Itália, em junho, o petista criticou a concentração do desenvolvimento da IA nas mãos de poucos grupos. Para ele, a tecnologia não deve ficar restrita a uma pequena quantidade de empresas nem a um número ainda mais reduzido de países.

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A inteligência artificial esteva entre os temas discutidos na abertura da 79ª edição da Assembleia Geral da ONU.A inteligência artificial esteva entre os temas discutidos na abertura da 79ª edição da Assembleia Geral da ONU.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

“Na área de Inteligência Artificial, vivenciamos a consolidação de assimetrias que levam a um verdadeiro oligopólio do saber”, destacou. Na sequência, o chefe do Executivo chamou a atenção para a possibilidade de uso bélico dos sistemas inteligentes e ressaltou a importância de criar regras que ajudem a mitigar tais riscos.

“Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação. E, sobretudo, que seja ferramenta para a paz, não para a guerra. Necessitamos de uma governança intergovernamental da inteligência artificial, em que todos os Estados tenham assento”, defendeu Lula.

Críticas às big techs

No discurso de Lula na Assembleia da ONU também houve espaço para críticas à atuação das gigantes da tecnologia, além da defesa da soberania digital dos países. O brasileiro não citou diretamente a desobediência do X à legislação brasileira que resultou na suspensão da rede social no país, mas aparentemente se referia ao caso.

“O futuro de nossa região passa, sobretudo, por construir um estado sustentável, eficiente, inclusivo e que enfrente todas as formas de intimidação e que não se intimide ante indivíduos, corporações ou plataformas digitais que se julgam acima da lei”, observou o presidente, se referindo aos países da América Latina.

Por fim, Lula ressaltou que entre os elementos da soberania estão o “direito de legislar, julgar disputas e fazer cumprir as regras dentro de seu território, incluindo o ambiente digital”. Mudanças climáticas, guerras e o combate à fome foram alguns dos outros temas abordados pelo chefe de Estado brasileiro.

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