Starlink aumenta valor cobrado no Brasil em momento de crise do X

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A operadora de sinal de internet via satélite Starlink reajustou os preços da mensalidade no Brasil. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, o motivo é a troca da empresa que cobra os pagamentos dos clientes, que agora fica na cidade irlandesa de Dublin.

Segundo a reportagem, os clientes não foram informados sobre qualquer tipo de aumento. Entretanto, o contrato estabelecido com a empresa de Elon Musk prevê que o usuário tenha que arcar com eventuais taxas governamentais ou "encargos de direitos de passagem, taxas de licença ou permissão e outros tributos".

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O aumento teria sido causado principalmente pela variação do dólar e a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os valores médios no país cobrados de clientes na fatura setembro deste ano são os seguintes:

  • de aproximadamente R$ 235 para cerca de R$ 257 (plano residencial e já com impostos)
  • de aproximadamente R$ 550 para cerca de R$ 610 (plano móvel e já com impostos)

Até o momento, a Starlink não se manifestou sobre o assunto. A Pacaembu Serviços, que é a representante legal da empresa no país, também não comentou o caso.

A a contratação da Starlink envolve também a compra da antena.A a contratação da Starlink envolve também a compra da antena.Fonte:  GettyImages 

No site da Starlink, a empresa indica que a assinatura do plano residencial exige o pagamento prévio de R$ 1 mil pelo hardware necessário para captação do sinal, em preço promocional por tempo limitado. Já as mensalidades começam em R$ 184 (ainda sem o cálculo de taxas). No caso do plano Viagem, para uso em veículos ou pessoas em deslocamento frequente, a assinatura é de R$ 450 mensais.

Starlink, X e o bloqueio no Brasil

De propriedade de Musk, a Starlink está diretamente envolvida com o bloqueio no Brasil da rede social X, o antigo Twitter, também uma das companhias do bilionário. Inicialmente, a operadora até indicou que não suspenderia o acesso ao serviço, mas recuou logo depois.

As contas da Starlink no Brasil foram congeladas no final de agosto a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo foi a "propriedade cruzada" da operadora com a rede social e o não pagamento de multas da plataforma em território brasileiro.

Na época do congelamento, a Starlink chegou a sugerir que forneceria serviços de internet "gratuitamente, se necessário". Duas semanas depois, Moraes ordenou a transferência de R$ 18,3 milhões das empresas para o pagamento das penas do X no Brasil, o que também desbloqueou as contas da operadora.

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