Contra a crise, Intel separa divisão que fabrica chips para parceiros

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A Intel segue tomando medidas administrativas para conter os resultados financeiros negativos dos últimos trimestres. Agora, a novidade anunciada pela companhia nesta segunda-feira (16) é separar a divisão Intel Foudry do resto da companhia e torná-la um braço separado.

A nova subsidiária fica responsável somente pela fabricação de chips para outras companhias, que desejam usar a estrutura e as ferramentas já existentes da Intel. Esse é um serviço parecido ao que já é fornecido por outras companhias, como a taiwanesa TSMC e a unidade de foundry da Samsung.

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O comunicado aos funcionários foi assinado pelo CEO da companhia, Pat Gelsinger. Segundo a nota, o comando da Intel Foundry seguirá igual e respondendo ao gerente executivo, com a diferença de que a unidade agora terá um conselho diretor próprio.

Fabricação de chips para outros clientes deve ser um grande negócio para a Intel a partir de agora.  Intel 
Fabricação de chips para outros clientes deve ser um grande negócio para a Intel a partir de agora.

Além de "melhorar a colaboração" com os produtos da Intel, a nova divisão poderá receber investimentos separados — algo que já foi confirmado por um novo incentivo do governo dos Estados Unidos. Os EUA estão em busca de fortalecer a própria imagem como local de fabricação de chips, o que pode ajudar bastante a nova subsidiária.

O plano da Intel para sobreviver

A medida de separar a Intel Foundry do resto da companhia deve ajudar também as finanças da marca. No último relatório fiscal, ela divulgou que o setor era o que mais sofria com perdas operacionais — os gastos com investimento em equipamentos e construção de estrutura são altos nessa área e os ganhos podem demorar a aparecer.

A Intel anunciou em agosto a demissão de 15% dos funcionários e um plano de corte de gastos para economizar até US$ 10 bilhões nas contas atuais. Parte da nova estratégia envolveu também vender parte da participação da companhia na Altera, que em breve pode fazer a própria oferta pública de ações.

Fora a crise financeira, a Intel ainda precisou lidar recentemente com problemas graves na fabricação de diversos processadores de 13ª e 14ª geração.

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