Em crise, Intel pode adotar estratégia de corte de custos para se salvar

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O CEO da Intel, Pat Gelsinger, está próximo de apresentar ao conselho diretor da empresa um plano estratégico para reduzir os danos da atual fase da companhia. A informação é da agência de notícias Reuters.

De acordo com relatos internos e anônimos, Gelsinger e outros executivos de alto escalão vão revelar uma série de medidas que provavelmente incluem vários cortes de divisões e projetos. Até o momento, a empresa não se manifestou oficialmente sobre o assunto.

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Segundo a matéria, boa parte das ações envolverá reduzir os gastos com expansão de fábricas, atualmente uma de suas maiores fontes de custo operacional.

Os planos pode até incluir pausar ou suspender a construção de uma fábrica na Alemanha, em um projeto já avaliado em US$ 32 bilhões (aproximadamente R$ 179 bilhões). A unidade de processadores programáveis Altera, adquirida em 2015, também estaria na mira e pode acabar negociada.

Pat Gelsinger, CEO da Intel.Pat Gelsinger, CEO da Intel.Fonte:  GettyImages 

As empresas de finanças Morgan Stanley e Goldman Sachs foram escolhidas para orientar o conselho sobre a estratégia. Só com a aprovação do grupo é que a Intel pode seguir adiante com o planejamento.

A situação da Intel

Após relatórios fiscais consecutivos com resultados abaixo do esperado, a Intel anunciou em agosto deste ano a demissão de 15% dos funcionários — o que representa cerca de 15 mil pessoas.

A companhia tem um "desequilíbrio" nos relatórios atuais, segundo Gelsinger, e o plano deve ajudar na recuperação gradual da marca. Fora os prejuízos com gastos elevados e menos receita do que o esperado, a marca ficou para trás de rivais como a Nvidia no setor de inteligência artificial (IA) e precisaria investir bastante para reduzir a distância.

Especulações sobre uma possível separação ou até venda da divisão chamada de Foundry, que fabrica chips para outras empresas, surgiram nas últimas semanas. As fontes da Reuters, porém, afirmaram que esse plano ainda não deve acontecer por enquanto.

Fora a má fase financeira, os processadores de 13ª e 14ª geração apresentaram problemas de funcionamento e prejudicaram ainda mais a imagem atual da companhia.

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