Starlink critica STF e promete internet de graça após bloqueio de contas

Por Nilton Cesar Monastier Kleina

30/08/2024 - 09:452 min de leitura

Starlink critica STF e promete internet de graça após bloqueio de contas

Fonte : Folha de São Paulo

A empresa de internet via satélite Starlink enviou uma carta via email para clientes brasileiros do serviço. A empresa de Elon Musk se defendeu de acusações e até prometeu fornecer os serviços gratuitamente, caso seja necessário.

A Starlink teve as contas bloqueadas no país por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que lidera o caso contra as ações do X no país — a rede social anteriormente chamada de Twitter também é de propriedade de Musk.

As disputas entre Moraes e Musk começaram quando o STF solicitou informações sobre determinadas contas sob investigação e o banimento de perfis. Sob a perspectiva da liberdade de expressão, o bilionário rejeitou a cooperação e acusou o ministro de censura.

O que diz a carta da Starlink

De acordo com o comunicado, obtido pelo jornal Folha de São Paulo, a Starlink diz que "está comprometida em defender" os direitos dos clientes e "continuará prestando serviços" mesmo gratuitamente, caso necessário e "enquanto abordamos esse assunto por meios legais".

A Starlink reclama ainda que as multas cobradas contra o X são inconstitucionais, "emitidos em segredo" e sem conceder processos legais garantidos à empresa. 

A carta enviada pela Starlink.
A carta enviada pela Starlink.

Além disso, cobrar a operadora pelas ações da plataforma seria "uma determinação infundada", já que as companhias não têm afiliações formais entre si.

Atualmente, a Starlink é a líder no mercado de fornecimento de internet via satélite no Brasil. Em cerca de dois anos de operação, em especial em cidades pequenas e regiões remotas, a companhia tem mais de 200 mil clientes e 42,5% do mercado em território nacional.

Após não indicar um novo representante para o X no Brasil, Musk voltou a criticar Moraes na rede social. A expectativa no Brasil é de que a plataforma seja bloqueada ao menos temporariamente no país a qualquer momento, algo que ainda não acontece na manhã desta sexta-feira (30).


Por Nilton Cesar Monastier Kleina

Especialista em Analista

Jornalista especializado em tecnologia, doutor em Comunicação (UFPR), pesquisador, roteirista e apresentador.


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