* por Fernando Arditti, vice-presidente e gerente-geral da WSO2 na América Latina
Poucas expressões se tornaram tão extensivamente utilizadas quanto Inteligência Artificial (ou IA) ultimamente. Este tipo de tecnologia se popularizou de maneira massiva nos últimos anos e teve um avanço significativo que a tornou mais acessível para os usuários.
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Talvez o uso mais comum sejam IAs que têm como base o conceito de modelos de linguagem em grande escala (ou LLM, na sigla em inglês). Apesar de serem soluções que já existem há algum tempo, alcançaram um patamar mais alto recentemente.
São elas que estão por trás do sucesso de aplicativos como o ChatGPT e Gemini, já que permitem que o software entenda o que foi escrito para responder da forma mais adequada.
Como sabemos, o “boom” da Inteligência Artificial não parou por aí. Ela foi rapidamente adotada por diversos segmentos e incorporada em uma grande quantidade de itens e programas que fazem parte do cotidiano, como smartphones e sistemas operacionais. E levando em consideração o investimento que está sendo feito globalmente nesse tipo de tecnologia, é de se esperar que o interesse nela siga em alta.
Com a IA, os profissionais têm mais tempo para inovar e focar nos pontos essenciais para o negócio.
Segundo um recente estudo do Gartner, o mercado de software de Inteligência Artificial deve ser avaliado em 297,9 bilhões de dólares até 2027. A título de comparação, o segmento tinha o valor de 124 bilhões de dólares em 2022.
Pensando que esse movimento é recente, há companhias que ainda estão entendendo como aproveitar a tecnologia da melhor forma, bem como mensurar o resultado esperado da implementação, já que, em alguns casos, o impacto pode ser pouco perceptível em camadas mais superficiais.
No entanto, a crescente preocupação das empresas em tornar seus sistemas ‘à prova de futuro’ faz com que elas encontrem nas soluções de IA uma forma para se tornarem mais resilientes.
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A IA é uma saída para lidar com o dinamismo do avanço tecnológico e da economia, de modo que essa tecnologia permite uma análise mais ágil dos dados e a previsão de tendências que direcionam a estratégia do negócio.
Nesse sentido, o Gartner também aponta que 61% dos 2.499 compradores de tecnologia entrevistados pretendem aumentar o orçamento de tecnologia neste ano, sendo que 92% afirmaram querer investir em IA.
Para 52%, este investimento será utilizado em softwares que aumentam a produtividade e eficiência do negócio, diferenciais essenciais em um ambiente tão competitivo. Uma das áreas que tem usufruído bastante da Inteligência Artificial é a de desenvolvimento de software, na qual ela se tornou uma grande aliada dos profissionais.
Soluções com integração de IA podem ser usadas para automatizar tarefas repetitivas, identificar padrões e sintetizar a análise de uma quantidade massiva de dados – qualidade fundamental para equipes de cibersegurança, por exemplo.
Algoritmos de IA também conseguem verificar o histórico e dados em tempo real para identificar e antecipar potenciais falhas críticas, o que possibilita que as equipes de desenvolvimento evitem ou mitiguem situações de risco antes que ganhem uma dimensão maior.
Isso beneficia não só os desenvolvedores, mas também o negócio como um todo, uma vez que acelera o tempo de desenvolvimento de soluções e, por consequência, a comercialização.
Por mais que a Inteligência Artificial ainda esteja dando os primeiros passos, e nós estejamos trabalhando para regularizá-la da melhor maneira e usá-la de forma ética, já se notam os profundos impactos em diferentes setores e podemos projetar o potencial destas tecnologias no futuro.
De qualquer maneira, é importante que se tenha sempre em mente que, antes de qualquer outra função, ela deve ser uma ferramenta. A IA não é a finalidade, mas sim o meio pelo qual profissionais vão poder criar mais e melhor. É essa mentalidade que irá alavancar as próximas etapas de um futuro mais resiliente.
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