Google é condenado por monopólio no segmento de buscas nos EUA

Por André Luiz Dias Gonçalves

06/08/2024 - 03:152 min de leitura

Google é condenado por monopólio no segmento de buscas nos EUA

Fonte :  Getty Images/Reprodução 

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O Google foi considerado culpado em um processo no qual era acusado de violar leis antitruste dos Estados Unidos para manter o domínio nos segmentos de busca e publicidade nos resultados das pesquisas. A decisão foi anunciada na segunda-feira (5) pelo juiz federal do Distrito de Columbia, Amit Mehta.

“Após ter considerado e pesado cuidadosamente o depoimento e as evidências das testemunhas, o tribunal chega à seguinte conclusão: o Google é um monopolista e agiu como tal para manter seu monopólio”, escreveu o magistrado. A ação foi iniciada pelo Departamento de Justiça dos EUA em 2020.

Os acordos do Google para se manter como buscador padrão nos dispositivos foram considerados anticompetitivos.Os acordos do Google para se manter como buscador padrão nos dispositivos foram considerados anticompetitivos.

Na ocasião, as autoridades reguladoras argumentaram que a gigante de Mountain View agiu ilegalmente para dominar o mercado de buscas, dificultando a entrada de concorrentes como o Bing, da Microsoft. Entre as estratégias, foram citados os pagamentos bilionários à Apple, Samsung e Mozilla, entre outras empresas.

Esses acordos permitiram que o Google se mantivesse como buscador padrão nos dispositivos das duas big techs e no navegador Firefox. No caso da Maçã, por exemplo, uma testemunha do caso informou que a dona do iPhone teria recebido US$ 20 bilhões apenas em 2022 para garantir o motor de busca em destaque no Safari.

Como o Google se defendeu?

Ao longo do processo, que contou com depoimentos dos CEOs do Google e da Microsoft, Sundar Pichai e Satya Nadella, respectivamente, e do executivo da Apple, Eddy Cue, a gigante das buscas negou ter agido de maneira anticompetitiva. De acordo com a empresa, seu domínio de mercado se deve a um produto superior aos concorrentes e apreciado pelos usuários.

A empresa também pediu que o seu negócio de buscas fosse comparado a uma gama mais ampla de plataformas do que a definida pelo governo dos EUA. Assim, ela indicou que compete com serviços nos quais a busca faz parte do negócio mesmo sem a indexação à web, como a Amazon.

O juiz do caso ainda vai definir quais medidas serão tomadas contra a marca. Vale lembrar que a empresa terá mais um julgamento em 2024 referente a outro processo movido pelo Departamento de Justiça americano, envolvendo a tecnologia de publicidade da companhia.


Por André Luiz Dias Gonçalves

Especialista em Redator

Jornalista formado pela PUC Minas, escreve para o TecMundo e o Mega Curioso desde 2019.


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