Dúvidas sobre o futuro do setor de armazenamento de hidrogênio começaram a ser levantadas a partir do colapso da Universal Hydrogen, que suspendeu as operações em junho. A startup pioneira na aviação movida a hidrogênio consumiu todo o dinheiro que havia sido captado pouco mais de um ano após seu primeiro voo experimental.
Apoiada por grandes investidores como American Airlines, Toyota Ventures, Airbus Ventures, GE Aviation e JetBlue Ventures, entre outros, a empresa captou US$ 100 milhões em financiamento de capital de risco. Ela trabalhava no desenvolvimento de um sistema de propulsão elétrica alimentado por células de combustível de hidrogênio para aeronaves.
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As células de combustível de hidrogênio aparecem entre as principais soluções para a aviação sustentável. (Imagem: Getty Images)Fonte: Getty Images/Reprodução
Em março de 2024, a marca realizou um voo de demonstração da tecnologia com um avião Dash 8-300 modificado que trazia o mecanismo acoplado à asa direita e contava com o motor de classe megawatt feito pela MagniX. Já do outro lado, havia um propulsor convencional de reserva, para ser acionado em caso de problema.
O teste foi concluído com sucesso e atraiu empresas interessadas na aviação sustentável, porém isso não foi suficiente para que a startup conseguisse novos investimentos. Em postagem no LinkedIn, o cofundador da Universal Hydrogen, Jon Gordon, confirmou o encerramento das atividades.
Startups de armazenamento de hidrogênio mais valorizadas
Com a falência da Universal Hydrogen, uma das principais marcas do setor, o mercado passa a olhar para outras empresas que podem ganhar destaque. O hidrogênio é apontado como uma das melhores soluções para a redução das emissões de carbono na aviação, devido às suas características, trazendo várias vantagens na alimentação de motores elétricos.
O site ESG News listou recentemente algumas companhias com capacidade para desenvolver tecnologias e dar prosseguimento ao trabalho da Universal Hydrogen. Confira, a seguir, as 10 principais startups de armazenamento de hidrogênio segundo a publicação:
- FTXT Energy Technology (China): avaliada em US$ 626,6 milhões (R$ 3,5 bilhões);
- SHPT (China): avaliada em US$ 637 milhões (R$ 3,6 bilhões);
- Hydrogenius LOHC (Alemanha): avaliada em US$ 633,1 milhões (R$ 3,5 bilhões);
- PowiDian Energy (França): avaliada em US$ 54,8 milhões (R$ 305 milhões);
- Steelhead Composites (EUA): avaliada em US$ 58,8 milhões (R$ 328 milhões);
- Zhongke Qingneng (China): avaliada em US$ 22,1 milhões (R$ 124 milhões);
- HSL Technologies (França): avaliada em US$ 32,1 milhões (R$ 180 milhões);
- NanoSUN (Reino Unido): avaliada em US$ 52,9 milhões (R$ 294 milhões);
- BayoTech (EUA): avaliada em US$ 34,5 milhões (R$ 192 milhões);
- Immaterial (Reino Unido): avaliada em US$ 40,8 milhões (R$ 226 milhões).
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