De acordo com reportagens das agências Bloomberg e Reuters, os EUA devem impor novas taxas para produtos fabricados na China já a partir da próxima terça-feira (14). As categorias de produtos e os valores específicos ainda serão divulgados, mas o foco das novas taxas deverão ser produtos relacionados à segurança dos EUA, artigos de segmentos competitivos e carros elétricos.
As fontes afirmam que os EUA pretendem focar em áreas estratégicas, que abrangem os segmentos de mercado em que a China mais cresce atualmente, incluindo semicondutores, carros elétricos e itens relacionados, como células solares e baterias para EVs.
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Para os parlamentares chineses, as novas taxas são um insulto à economia do país, que já sofre com bloqueios desse tipo desde o governo Trump. O fato é que as novas tarifas se somam aos esforços de alguns países ocidentais para reduzir o crescimento das exportações de produtos fabricados na China.
Novas tarifas dos EUA podem impactar o setor de carros elétricos na China. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
Na última terça-feira (07), a Intel e a Qualcomm tiveram suas licenças de exportação de chips para a Huawei revogadas. Os componentes são usados em notebooks e celulares da gigante chinesa, e muitos desses produtos também são exportados para fora da China.
Carros elétricos chineses são a pedra no sapato do ocidente
Atualmente, a maior preocupação dos EUA e União Europeia são os carros elétricos chineses. No ano passado, o país superou o Japão, tornando-se o maior exportador de carros elétricos do mundo, com o envio de 4,91 milhões de veículos. Esse feito, em grande parte, se deve aos generosos subsídios cedidos pelo governo chinês às montadoras do país.
Esse foi o motivo pelo qual a União Europeia lançou uma investigação sobre as montadoras chinesas que exportam para a Europa. No ano passado, cerca de 19,5% (aproximadamente 300 mil veículos) dos carros elétricos vendidos na Europa foram fabricados na China.
Os carros chineses elétricos têm muito sucesso nos últimos anos. (Imagem: sarawuth702/Getty Images)
Como a China não pôde penetrar no mercado norte-americano devido à tarifa de 27,5% sobre seus carros elétricos, as montadoras do país se esforçaram ao máximo para se expandir para outros mercados. Nos EUA, há ainda uma preocupação especial devido aos rumores de que montadoras chinesas como BYD, MG Motor e Chery estão interessadas em instalar fábricas no México.
No mês passado, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, criticou os subsídios de Pequim às montadoras chinesas de carros elétricos, dizendo que os preços agressivamente abaixo da média prejudicam as empresas americanas e de outros países.
Fontes