Na última quarta-feira (24), o Google demitiu pelo menos mais 20 funcionários que participaram de protestos contra o acordo da empresa com o governo de Israel. Ao todo, mais de 50 colaboradores foram cortados após as manifestações internas, afirmam representantes de funcionários da empresa.
As queixas dos funcionários estão relacionadas ao "Project Nimbus", um contrato de US$ 1,2 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) entre a Gigante das Buscas, o governo e as forças militares israelenses. As manifestações internas acontecem pelo menos desde 2022, mas voltaram a ser pauta dentro da empresa após o aquecimento do conflito em Gaza.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Cerca de 50 funcionários foram demitidos por envolvimento nos protestos. (Imagem: Getty Images)Fonte: GettyImages
Segundo Jane Chung, porta-voz do No Tech For Apartheid, um dos grupos envolvidos no protesto, até "espectadores não-participantes" do protesto foram demitidos nos cortes mais recentes. Ela não forneceu números específicos sobre a quantidade de cortes.
"Os objetivos do Google são claros: a empresa está tentando reprimir a dissidência, silenciar seus trabalhadores e reafirmar seu poder sobre eles", pontuou Chung em um comunicado à imprensa.
"Nas suas tentativas de fazê-lo, o Google decidiu, sem cerimônia e sem o devido processo, prejudicar os meios de subsistência de mais de 50 dos seus próprios trabalhadores", complementou. Em comunicado, o grupo afirma que 30 funcionários foram cortados na semana passada.
Google confirma demissões
Segundo o site Fast Company, o Google afirmou que os cortes aconteceram após investigações internas. Contudo, a empresa não especificou quantos foram desligados.
Porém, contrariando a alegação de Chung, a empresa afirmou que "cada um daqueles cujo emprego foi rescindido estava pessoal e definitivamente envolvido em atividades perturbadoras dentro dos edifícios".
No protesto contra o acordo da big tech com o governo israelense, funcionários chegaram a invadir e ocupar escritórios da empresa nos Estados Unidos.
Fontes