O CEO do Google, Sundar Pichai, fez duras críticas à ferramenta de geração de imagens da inteligência artificial (IA) Gemini, cujas inconsistências resultaram na suspensão temporária da funcionalidade, na última semana. De acordo com ele, os erros de diversidade da plataforma são “completamente inaceitáveis” e ofensivos aos usuários.
A crítica aparece em um memorando enviado aos funcionários, revelado pelo site Semafor nesta quarta-feira (28). No documento, ele se refere às respostas problemáticas da inteligência artificial ao retratar personagens históricos com erros de etnia — negros e orientais surgiram em uma imagem de soldados nazistas gerada pela tecnologia, por exemplo.
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Sundar Pichai disse que o Google tem trabalhado "24 horas por dia" para corrigir os erros do Gemini.Fonte: Getty Images/Reprodução
“A nossa missão de organizar a informação mundial e torná-la universalmente acessível e útil é sacrossanta. Sempre procuramos fornecer aos usuários informações úteis, precisas e imparciais em nossos produtos. É por isso que as pessoas confiam neles”, ressaltou o executivo.
Pichai também destacou que a gigante da tecnologia aprendeu com os erros cometidos pelo gerador de imagens do Gemini, mas não deixou de citar os avanços em IA apresentados pela companhia, como a capacidade de lidar com até 1 milhão de tokens simultaneamente do Gemini 1.5. A novidade ampliou consideravelmente a janela de contexto da ferramenta.
Corrigindo os erros do Gemini
Enquanto a geração de imagens com base em descrição textual da IA do Google segue indisponível, engenheiros da empresa tentam solucionar os problemas. Segundo o presidente da big tech, estão sendo conduzidas mudanças estruturais, atualização das diretrizes de produtos e aprimoramentos no processo de lançamento, no momento.
“Nenhuma IA é perfeita, especialmente nesta fase emergente do desenvolvimento da indústria, mas sabemos que o padrão é alto para nós e continuaremos assim pelo tempo que for necessário. E revisaremos o que aconteceu e garantiremos que consertaremos em grande escala”, explicou.
Apesar do detalhamento dos trabalhos, que têm sido realizados “24 horas por dia”, conforme a nota, Pichai não disse se os erros foram corrigidos. Ele também não deu nenhum prazo para que o Gemini volte a oferecer a geração de imagens aos usuários.
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