O que são testes sintéticos e como eles geram vendas para comerciantes?

A cada ano que passa, o comércio digital ganha mais força aqui no Brasil. Só para se ter uma ideia, apenas no ano de 2022, esse setor faturou cerca de R$ 262,7 bilhões, com um aumento de 24% no número de consumidores em relação ao ano anterior, de acordo com relatório feito pela NielsenQEbit.

Mas, compras digitais também precisam de uma série de garantias. Há uma boa quantidade de consumidores que acabam abandonando os carrinhos nos e-commerces e preferindo ir até as lojas físicas por terem inseguranças ou enxergarem desvantagens no sistema digital.

Dentre os problemas, podem estar a falta de certificados seguros dentro dos sites e apps, valores altos cobrados pelo frete e lentidão no sistema da loja – dificultando a compra.

Testes sintéticos são utilizados para prever quaisquer erro na hora da compra.Fonte:  GettyImages 

Para resolver este último problema, há um recurso que tem sido muito usado pelos comerciantes que se utilizam das plataformas digitais: os chamados testes sintéticos. Basicamente, eles servem para verificar a eficiência de um e-commerce e testar a confiabilidade dos softwares utilizados por ele. Veja a seguir como funcionam estes testes.

O que são os testes sintéticos?

Os testes sintéticos, que também costumam ser chamados de monitoramento sintético, envolvem a execução de scripts automatizados que simulam transações de usuários em um ambiente digital. Eles servem para detectar quaisquer situações que estejam fora do normal, avisando a equipe responsável para que possa tomar uma providência imediata.

Ou seja, a ideia é que um erro possa ser identificado pela própria equipe profissional e não pelo cliente, que teria que reportar o problema, aumentando muito o risco da perda de uma venda. É, portanto, um tipo de postura de prevenção, favorecendo que a clientela se sinta bem acolhida dentro de uma plataforma quando resolver fazer uma compra.

Os testes sintéticos garantem mais confiabilidade nos sites.Fonte:  GettyImages 

Vale lembrar que, em qualquer sistema digital, é normal que ocorram bugs. Acontece que, muitas vezes, eles só vão ser identificados pelos próprios consumidores finais.

“O monitoramento já faz parte do processo de desenvolvimento de sistemas e é feito pelas empresas com a aprovação dos softwares em ambientes de testes e homologação, além de contar com o uso de ferramentas para análises de logs. O problema é que muitos dos erros e bugs só são identificados no momento das transações reais, realizadas pelos próprios usuários. É aí que entram os testes sintéticos como uma excelente solução para esta questão”, explica Daves Souza, CEO da SysMap Solutions.

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Como são utilizados os testes sintéticos nas plataformas?

Os testes sintéticos promovem um acompanhamento ativo do funcionamento de todo o sistema de uma loja digital. A partir de sua execução, os testes fazem envio de relatórios imediatos para cada equipe responsável.

Nessa época de ano, muita gente prefere fazer suas compras digitais online, de forma mais tranquila e evitando correrias e filas. Assim, os testes sintéticos podem ser usados para simular jornadas complexas de compra no fim de ano – em que é provável a ocorrência de bugs.

Só para se ter uma ideia, o mesmo relatório da NielsenQEbit sobre o cenário do e-commerce brasileiro apontou que os comerciantes brasileiros já perderam de ganhar por volta de R$ 1,3 bilhão devido a falhas no pagamento online ou no processamento de checkout. Ou seja, este é um valor que poderia ser revertido a favor das empresas caso os erros não acontecessem.

Saiba detalhes do funcionamento da sua plataforma digital de compras com os testes sintéticos.Fonte:  GettyImages 

Na Black Friday, por exemplo, muitas lojas acabaram tendo prejuízo por conta dessa instabilidade e lentidão em seus sistemas. Segundo a Sofist, empresa que monitorou o desempenho de e-commerces durante este período, foram R$ 98,3 milhões perdidos por conta de falhas no funcionamento de sites e apps. Ou seja, é um valor que poderia ter sido revertido com o uso de testes sintéticos prévios.

“Em um mercado como o atual, cada vez mais competitivo, as organizações que souberem lidar melhor com essas questões, certamente estarão na frente, ganhando a preferência do cliente final”, alerta Souza, da SysMap Solutions.

Por que usar testes sintéticos?

(Fonte: GettyImages)Fonte:  GettyImages 

Investir em testes sintéticos pode ser um diferencial para uma loja digital, já que eles possibilitam o levantamento amplo de dados sobre a esfera da produção. Entre os objetivos centrais dessa prática, podemos listar:

• Verificar o funcionamento dos fluxos de negócio, mesmo os que sejam pouco ou raramente utilizados pelo cliente;
• Antecipar possíveis inconsistências no sistema, para corrigi-las previamente;
• Coletar dados sobre regiões geográficas onde o e-commerce não é muito usado, para tentar entender o porquê;
• Verificar o comportamento do e-commerce em diversos dispositivos e plataformas, a fim de identificar problemas de compatibilidade.

E há também benefícios no uso dos testes sintéticos. Confira quais são:

• A empresa passa a coletar dados reais que não estão disponíveis em outras ferramentas mais usadas (como o Google Analytics);
• Ela também consegue dar feedbacks mais ágeis para as equipes sobre o que está ocorrendo;
• Consegue antecipar problemas no sistema antes que cheguem nos clientes;
• Pode medir melhor os dados da infraestrutura, otimizando o escalonamento de servidores.

Assim, ao simular transações sintéticas regulares, o e-commerce vai conseguir entender melhor falhas, como problemas no processamento de débitos, questões de transações não autorizadas, falhas na integração com sistemas de pagamento, entre vários outros aspectos.

Tudo isso poderá ser usado para que a equipe de software consiga melhorar a confiabilidade dos sistemas, além de tornar as operações mais seguras e menos vulneráveis. “Os testes sintéticos oferecem segurança, estabilidade e confiabilidade nas plataformas, o que garante não só o aumento nas receitas e nos lucros de quem investe no sistema, como também evita prejuízos importantes em períodos de alta demanda e tráfego no mercado digital”, conclui o CEO Daves Souza.

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