O mercado global de computadores manteve nos últimos meses a tendência anual de queda, mas a indústria de notebooks e desktops começa a ter esperança de que o pior período desse setor talvez já tenha terminado.
Essa é uma das conclusões de um relatório da IDC sobre o segmento de PCs em todo o mundo durante o terceiro trimestre de 2023, período terminado em setembro deste ano.
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No geral, foram 68,2 milhões de unidades vendidas nos três meses, o que representa uma queda de 7,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Porém, há um lado bom no relatório, segundo a consultoria: esse é o maior volume comercializado em todo o ano, com o mercado apresentando um gradual aumento nos últimos três trimestres e tentando retornar aos níveis de 2022.
Muito trabalho pela frente
De acordo com a IDC, a comercialização de PCs pode melhorar de forma suave nos próximos meses por um ciclo natural de atualização da indústria, inclusive pelo suporte cada vez menor para o Windows 10. Além disso, o estoque também ficou estável e pode ajudar o volume de vendas.
Em termos de conteúdo, a popularização de IAs generativas pode fazer com que mais pessoas troquem de equipamento para eletrônicos mais modernos e poderosos, com a expectativa de que isso se estabeleça especialmente a partir de 2024.
O top 5 do mercado global de PCs.Fonte: IDC/Reprodução
Quando as fabricantes são analisadas individualmente, a Lenovo segue líder no setor, com 23,5% da fatia de mercado — um pouco a mais do que ela já tinha no ano passado.
A HP ainda é a vice-líder e foi a única do top 5 que registrou crescimento neste trimestre em comparação com 2022. As marcas Dell, Apple e Asus fecham o ranking.
O que aconteceu com a Apple?
A Apple, inclusive, foi a que mais teve números negativos: a venda de Macs caiu 23,1% no terceiro trimestre deste ano. De acordo com a IDC, entretanto, isso não é motivo para tantas preocupações, já que o desempenho na verdade apenas voltou ao normal.
Os atuais números só são ruins por estarem comparados com a performance acima do esperado no ano passado, em especial porque a os números ainda estavam inflados por causa da pandemia da covid-19 e o aumento do home office.