Quatro pessoas que invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro deste ano foram reconhecidas pelas autoridades após acessarem a rede gratuita de Wi-Fi da Câmara dos Deputados e produzirem provas contra si.
Isso porque para conseguir acessar a internet, os invasores precisaram cadastrar dados pessoais, como nome e CPF no sistema. A informação foi compartilhada no ofício da Câmara dos Deputados enviado à CPI dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e também à Polícia Federal.
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Os invasores foram identificados pelos dados inseridos na rede da Câmara dos Deputados
"É necessário que se faça um pré-cadastro informando sobretudo dados como CPF, nome e telefone. Analisando estes logs, verificou-se que foram efetivamente realizadas quatro conexões de pessoas não autorizadas a acessar a Casa no dia 8 de janeiro de 2023 com a rede sem fio", diz o ofício.
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Entre as pessoas identificadas, estão uma mulher da cidade de Contagem (MG) e um homem de Teresina (PI). Ambos foram detidos e estão sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.
Mais provas
Segundo o documento, a Polícia Federal também está analisando imagens das câmeras de segurança, assim como os vestígios de DNA deixados em garrafas, bitucas de cigarro e pedaços de roupa encontrados no local.
Na época do ataque, um perfil no Instagram foi criado para reunir informações e identificar os criminosos que invadiram Congresso Nacional. A conta tem mais de 1 milhão de seguidores e quase 300 publicações com fotos dos invasores.
Fontes