A X, conhecida anteriormente como Twitter, processou o grupo Center for Countering Digital Hate (CCDH), que investigou e denunciou a propagação de discurso e desinformação de ódio na rede social. A ação foi movida na segunda-feira (31) no Tribunal Distrital dos EUA do Norte da Califórnia.
A ação acusa a organização sem fins lucrativos de veicular informações falsas e de tentar afastar anunciantes da plataforma. Ainda ontem, surgiu o rumor de que a empresa estaria ameaçando abrir uma ação contra a CCDH.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
De acordo com a X, os pesquisadores teriam tentado obter, de maneira imprópria, dados da companhia. A ação busca uma indenização não especificada, mas com juros. As alegações incluem quebra de contrato, violação da Lei de Abuso e Fraude de Computadores, interferência nas relações contratuais e indução à quebra de contato.
A X também incluiu na ação um pedido para que a CCDH e seus agentes sejam impedidos de acessar os materiais licenciados da Brandwatch, ferramenta que teria sido utilizada para obter os dados da pesquisa. A empresa também acusa a organização de fazer uma raspagem de dados na plataforma, "o que é uma violação de nossos termos de serviço".
X fala em liberdade de expressão
Publicada em junho, a pesquisa revelou que o Twitter não tomou medidas eficazes contra 99 de 100 contas pagas (Twitter Blue) que foram denunciadas por conduta de ódio. A X, por outro lado, afirma que "mais de 99,99% das impressões de postagens são saudáveis".
Os advogados da CCDH, em resposta, afirmam que a X tenta "intimidar aqueles que têm a coragem de defender [o público] contra incitação, discurso de ódio e conteúdo nocivo online", e que as alegações da empresa são enviesadas.
Free expression and platform safety are not at odds. https://t.co/duFL89HHmS
— Linda Yaccarino (@lindayaX) August 1, 2023
Em uma carta aberta, a X citou a liberdade de expressão como direito "fundamental para o funcionamento saudável de uma sociedade", mesmo objeto de citação da sua CEO, Linda Yaccarino, na própria rede social. A companhia afirma que seus progressos para proteger o público vão de encontro com as alegações da CCDH.
Categorias