Nesta segunda-feira (17), foi acordado que os diretores da Tesla devolverão US$ 735 milhões à empresa, cerca de R$ 3,5 bilhões em conversão direta. Conforme revela um documento apresentado em um Tribunal de Delaware, a decisão se deu após reivindicações por parte dos investidores sobre os grandes pacotes de remuneração dos executivos.
O caso foi iniciado em 2020 pelo Sistema de Aposentadoria da Polícia e Bombeiros da cidade de Detroit, um fundo que detém ações da empresa automotiva. O órgão contestou as stock options (compra de participações da empresa) concedidas ao Conselho da Tesla a partir de 2017.
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Os diretores foram acusados de atribuir a eles mesmos uma compensação injusta de cerca de 11 milhões de ações entre 2017 e 2020 — excedendo as normas para um conselho corporativo. O acordo é considerado uns dos maiores para um caso de derivativos e atua em benefício da empresa, de maneira que os valores acordados serão devolvidos à Tesla.
A Tesla receberá o equivalente a 3,1 milhões de stock options de volta.Fonte: GettyImages
Além do pagamento equivalente a 3,1 milhões de ações, os executivos também concordaram em não receber nenhum pagamento pelos últimos três anos, além de definir mudanças na maneira como a remuneração é determinada.
Investidores também estão processando Elon Musk
O acordo definido nesta semana não afeta o pacote de compensação do CEO da empresa, Elon Musk. Em novembro de 2022, investidores da Tesla também entraram com um processo contra Musk, questionando o valor definido pelo trabalho realizado pelo bilionário.
Os acionistas alegam que o pacote de pagamento, no valor de US$ 56 bilhões (R$ 269,4 bilhões), se baseou em metas de desempenho fáceis de atingir, sendo aprovado por um conselho de administração favorável. Outra questão levantada foi a dedicação de Musk ao Twitter, após a sua aquisição em outubro, enquanto atuava como CEO da Tesla.
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