* Por Fabiano Nagamatsu.
Uma carteira de investimentos diversificada é uma estratégia que permite diluir probabilidades de perdas e buscar rentabilidade maior. Hoje, uma alternativa muito procurada por fundos precursores é o mercado de games.
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O segmento, composto por companhias que atuam na criação de consoles, plataformas e serviços relacionados a jogos, está em expansão no Brasil e no mundo. Com um público vasto e diverso, a indústria global faturou US$ 196,8 bilhões em 2022.
No futuro, segundo projeções da consultoria PwC, o setor deve alcançar faturamento de US$ 321 bilhões até 2026. Em terras brasileiras, o negócio de games movimenta R$ 12 bilhões ao ano. Isso coloca o país na liderança de receita na América Latina e no 13º lugar do ranking mundial.
Atualmente, uma alternativa muito procurada por fundos precursores é o mercado de games.
Se antes da pandemia o crescimento do segmento de games já estava acelerado, depois, houve um salto no mercado. Segundo estudo feito pela Visa, em 2020 as compras feitas em consoles e plataformas de games aumentaram 140% no Brasil, devido ao isolamento social. Estima-se que atualmente 74,5% da população utiliza jogos eletrônicos, conforme dados da pesquisa Game Brasil 2022.
Outro dado curioso, revelado pela pesquisa Euromonitor, é que os idosos estão se aproximando cada vez mais do universo de jogos digitais. Segundo os dados do estudo, o número de gamers com mais de 60 anos atingiu 21% em todo o mundo.
O mercado é promissor, mas para aportar dinheiro em grupos de desenvolvedores ou startups do ramo, os investidores precisam enxergar um potencial além do produto em si. Hoje, o mercado demanda projetos que englobem braços de soluções para o segmento através de processos mais avançados de design.
Estúdios completos são ideais para garantir criações que tragam a continuidade e o engajamento dos jogos. Já que o mercado gamer atualmente exige estratégias que prendam o jogador, e é preciso criar cada vez mais valor dentro da produção para atender essa meta.
Um exemplo são campanhas interativas de marketing, passando pelo desenvolvimento de outros produtos com o tema do game, até plataformas que atendam gargalos do mercado, como dispositivos de realidade virtual e aplicativos de apoio ao usuário.
Em 2020 as compras feitas em consoles e plataformas de games aumentaram 140% no Brasil.
Além de buscar essas tendências no Brasil, é preciso estar atento ao mercado internacional. As maiores companhias desse segmento são de fora, a exemplo da Apple, Google, Microsoft, Intel, Sony, entre outras. Assim, para se expor ao setor, é preciso entender e desenvolver planos para realizar aportes em ativos de outros países.
O investimento em pessoas também é uma dica na hora de optar pelo investimento. Empresas com um core sólido tem mais repertório para atingir personas em potencial e trazer o comprometimento efetivo com as entregas.
Jogos são fundamentalmente interdisciplinares e educativos e, por isso, suas funções vão além de movimentar a economia, representando um papel importante para a própria sociedade. É uma opção de investimento promissor e quando há entendimento do projeto, parcerias inteligentes e adequação às variáveis técnicas e macroeconômicas que permeiam o setor, a fórmula de sucesso é garantida.
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* Por Fabiano Nagamatsu, CEO da Osten Moove.