Com o Voa Brasil, os brasileiros vão poder comprar passagens aéreas por R$ 200 o trecho no mês de agosto. Para conseguir as passagens mais baratas, será preciso usar um aplicativo criado pelo governo. Há ainda uma regra: o passageiro interessado não pode ter viajado de avião nos últimos 18 meses.
No app, a pessoa deve cadastrar o CPF, explicou o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em entrevista à Voz do Brasil, nesta terça-feira (27).
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A busca dos tíquetes deve ser feita por trecho. "Escreve lá quero ir de Brasília a Manaus e aí (o aplicativo) vai te dar todas as opções que são sempre por um valor único de R$ 200 para ida e R$ 200, volta", explicou França. Cada pessoa tem direito a quatro passagens por ano.
As passagens vendidas são de assentos que, atualmente, ficam ociosos. O ministro de Portos e Aeroportos estimou que, de março a novembro, 21% das poltronas não são ocupadas. Latam, Gol e Azul vão participar do programa.
O Voa Brasil visa, principalmente, incentivar as pessoas a voarem. Aposentados, pensionistas e estudantes ou pessoas que possuam renda de até R$ 6.800 são o principal público-alvo. Esse limite existe para evitar que usuários recorrentes de voos comerciais usem o programa e comprometam as vendas de passagens mais baratas.
O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, falou sobre o programa Voa Brasil na Voz do Brasil.Fonte: Valter Campanato/Agência Brasil
“Nós voamos um terço do que os colombianos e chilenos voam, precisamos alcançá-los. Para isso, o voo a R$ 200 vai proporcionar a você e sua família a se programar para viajar uma vez por ano”, disse o ministro.
Apesar do foco em novos usuários da aviação comercial, o chefe da pasta também reclamou do aumento de preço dos voos para quem voa com frequência. "As empresas, elas acabam aumentando os preços tentando tirar o máximo de quem já voa. E isso é um equívoco, porque você fica rodando a mesma coisa nas mesmas pessoas", completou.
Ainda durante a entrevista, Márcio França informou que a vinda de companhias aéreas low cost para o Brasil está em negociação.
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