A Amazon é mais uma das grandes empresas norte-americanas a ser investigada por suas práticas trabalhistas pelo senador Bernie Sanders, depois do Starbucks. As condições de trabalho nos armazéns da empresa são o alvo do presidente do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado dos Estados Unidos.
O senador enviou uma carta a Andy Jassy, atual CEO da Amazon, que substituiu o dono Jeff Bezos no cargo. Sanders quer informações sobre as taxas de lesões subnotificadas, metas de produtividade, rotatividade de funcionários e adesão da companhia às recomendações de segurança.
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Bernie descreveu as condições dos armazéns da Amazon como "excepcionalmente perigosas". De acordo com dados de sindicatos, comparados a levantamentos federais, os acidentes de trabalho graves por lá somavam o dobro da média do setor em 2021.
“A Amazon é uma das empresas mais valiosas do mundo, valendo US$ 1,3 trilhão e seu fundador, Jeff Bezos, é um dos homens mais ricos do mundo, valendo quase US$ 150 bilhões. A Amazon deveria ser um dos lugares mais seguros dos EUA para trabalhar, não um dos mais perigosos”, escreveu o senador.
De acordo com a carta do senador, os acidentes de trabalho nos galpões da Amazon são subnotificados.Fonte: GettyImages
A Amazon se defende e afirma que houve uma redução de 23% nas lesões de trabalho desde 2019. Jassy tem até o dia 5 de julho para responder à carta. O porta-voz da empresa, Steve Kelly, afirmou que a mensagem está em análise e convidou Bernie Sanders para uma visita a um dos armazéns.
“A Amazon é um exemplo para o resto do país. O que a Amazon faz, sua atitude, sua falta de respeito pelos trabalhadores, permeia o mundo corporativo americano”, disse Sander ao Washington Post, jornal que também pertence a Jeff Bezos.
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