Nesta segunda-feira (12), representantes legais da Samsung vieram a público para acusar um de seus antigos executivos de roubar dados confidenciais da companhia. Segundo os promotores de justiça envolvidos com o caso, o ex-funcionário tinha como principal intenção construir uma fábrica de chips com as informações roubadas, copiando as tecnologias e processos de produção da Samsung.
De acordo com uma matéria do site TechCrunch, o ex-empregado, que não teve seu nome revelado, é um homem de 65 anos, que também já havia trabalhado para a SK Hynix, outra empresa coreana que atuava no ramo de fabricação de chips. O suposto ladrão foi acusado de violar leis de proteção da indústria tecnológica e se apossar de dados secretos entre 2018 e 2019 a fim de recriar a planta de semicondutores da Samsung. Além disso, a "cópia" ficaria a apenas 1,5 quilômetros da fábrica de chips da Samsung localizada em Xi’an, na China.
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A Samsung teve dados sigilosos roubados por ex-funcionário, dizem oficiais de justiçaFonte: Getty Images
Contudo, os planos do executivo deram errado quando um de seus investidores resolveu não seguir adiante com o projeto. Segundo o TechCrunch, o investidor em questão era uma empresa taiwanesa, que prometeu injetar cerca de U$ 6 bilhões no negócio. A partir daí, os planos do acusado vazaram e não tiveram continuidade.
Os promotores também revelaram que o suspeito, que trabalha na área de semicondutores há cerca de 25 anos, criou duas fábricas de chips, uma na China e outra em Singapura, e já havia contratado 200 profissionais do ramo, tirando-os da própria Samsung e da SK Hynix. Os oficiais de justiça disseram que o roubo de dados poderia acarretar um prejuízo de U$ 233 milhões para a Samsung.
"É um crime sério que poderia significar um golpe duro às fundações da indústria de semicondutores em um período em que a competição pela produção de chips é feroz", afirmaram os promotores, que indiciaram mais seis pessoas no processo, todas envolvidas com a Samsung no passado.
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