Elon Musk está sendo acusado por um grupo de investidores de manipular os preços da criptomoeda dogecoin, resultando em um prejuízo bilionário para eles. A nova denúncia foi feita em uma ação coletiva aberta na quarta-feira (31) em um tribunal federal de Manhattan, nos Estados Unidos.
De acordo com os autores, o magnata da tecnologia teria cometido insider trading com a moeda digital. Considerada ilegal, esta prática consiste no uso de informações privilegiadas para comprar ou vender ações ou ativos de uma determinada empresa com a finalidade de obter vantagens financeiras.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Musk teria pagado influenciadores, usado postagens no Twitter e aproveitado a sua participação no programa Saturday Night Live, em 2021, para efetuar negociações favoráveis somente a ele, enquanto os demais ficavam no prejuízo. Outras “acrobacias publicitárias” para lucrar também são citadas na denúncia.
A criptomoeda Dogecoin foi lançada em 2013.Fonte: GettyImages
Os investidores afirmam ainda que Elon Musk vendeu cerca de US$ 124 milhões em dogecoin, em abril, o equivalente a R$ 615 milhões pela cotação do dia, após a substituição temporária do pássaro azul do Twitter pelo cão Shiba Inu, símbolo do token. A troca elevou o preço do criptoativo em 30%, à época.
Indenização bilionária após a manipulação de Elon Musk
As queixas contra a manipulação do preço do dogecoin, supostamente feita pelo bilionário, tiveram início em junho de 2022. Na época, os autores o acusaram de usar o ativo digital para criar um esquema de pirâmide, aproveitando sua influência para atrair ou afastar investidores e lucrar com as variações da moeda digital.
Em um período de dois anos, Elon Musk teria aumentado deliberadamente o valor do token em 36.000%, deixando-o cair na sequência, segundo a denúncia. A ação teve novas alterações negadas no início deste ano, mas as adições recentes provavelmente serão incluídas no caso, conforme o juiz Alvin Hellerstein.
Apoiador antigo da criptomoeda meme, o bilionário e seus advogados ainda não comentaram sobre as novas acusações. No processo, os investidores pedem uma indenização de US$ 258 bilhões (R$ 1,2 trilhão) pelos prejuízos relacionados ao insider trading.
Categorias