O Hurb demitiu 40% dos seus funcionários na terça-feira (30), em meio a uma série de denúncias de consumidores que tiveram seus pacotes de viagens cancelados sem qualquer aviso. A empresa não informou o número de dispensados, mas cerca de 400 pessoas teriam sido impactadas pelo corte, de acordo com a Folha de S.Paulo.
Colaboradores de todas as áreas foram afetados, com as dispensas de gerentes de operações, recepcionistas e supervisores de experiência do cliente, entre outros cargos. A agência de viagens online também desfez equipes por completo, como as que trabalhavam na área de produtos.
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Em comunicado enviado ao jornal, a Hurb disse que o layoff objetiva “garantir a continuidade dos negócios”, porém não divulgou detalhes a respeito da redução na folha de pagamentos. A operadora de turismo confirmou ainda que está prestando apoio aos profissionais demitidos, “respeitando sempre a legislação trabalhista”.
Os cortes no Hurb podem ter afetado 400 funcionários, de todos os setores.Fonte: GettyImages
A demissão em massa na companhia, anteriormente chamada Hotel Urbano, aconteceu um dia após a suspensão das vendas de pacotes flexíveis da agência, por determinação da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). Esta decisão não afeta a comercialização das viagens com data definida.
Reclamações contra a Hurb aumentam em 2023
O número de queixas contra a ex-Hotel Urbano aumentou 700% nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022, conforme o Procon-DF. Registros no site Reclame Aqui também são altos, com mais de 60 mil reclamações apenas nos últimos 12 meses.
A maioria dos relatos se refere às dificuldades da empresa em honrar os contratos dos pacotes com datas flexíveis, grande parte deles vendidos durante a pandemia de covid-19. Mesmo diante dos problemas, a operadora afirma ter embarcado mais de 400 mil pessoas este ano.
Um plano de ação para garantir o cumprimento dos contratos chegou a ser apresentado pela empresa, mas a Senacon disse não ter encontrado informações suficientes e consistentes no documento. Dessa forma, o órgão decidiu proibir a venda dos pacotes flexíveis para prevenir eventuais prejuízos aos clientes.
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