Anatel poderá bloquear transmissões piratas ao vivo, como jogos de futebol

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Apertando ainda mais o cerco contra a pirataria, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai inaugurar, em breve, um laboratório com capacidade de bloquear conteúdos audiovisuais durante transmissões ao vivo de serviços de IPTV ilegais. Atualizações sobre o projeto foram reveladas na última sexta-feira (26).

Desenvolvida em parceria com a Agência Nacional do Cinema (Ancine), a iniciativa faz parte de um acordo contra a pirataria assinado pelos dois órgãos em março. O objetivo é reduzir a disseminação das plataformas que oferecem sinais de canais por assinatura, serviços de streaming e outros conteúdos sem autorização, cobrando mais barato que os preços oficiais.

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Conforme o conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, o novo sistema permitirá, por exemplo, bloquear sites e plataformas piratas que transmitem jogos de futebol ao vivo. Ele acredita que a interrupção do sinal irá desestimular a procura pelas pessoas acostumadas a consumir tais serviços, como destacou o Telesíntese.

Sites que transmitem jogos ao vivo ilegalmente estão entre os alvos da ação.Sites que transmitem jogos ao vivo ilegalmente estão entre os alvos da ação.Fonte:  Getty Images/Reprodução 

O laboratório para bloquear transmissões ao vivo de IPTV pirata ficará no prédio da Anatel, em Brasília (DF), próximo ao andar da Ancine. A estrutura deve estar pronta para começar a funcionar antes do fim do mandato de Moreira, que se encerra em novembro deste ano.

Mais ações contra a pirataria

Além da derrubada do sinal ao vivo de IPTV pirata, as duas agências vinculadas ao governo federal trabalham em outras frentes para combater os serviços ilegais. Uma delas é o bloqueio e a apreensão dos aparelhos de TV Box não homologados, com os quais a maior parte das plataformas não autorizadas são acessadas.

O bloqueio remoto via IP desses dispositivos, que funcionam como decodificadores pirateados, começou a ser realizado em fevereiro. Desde então, centenas de IPs já foram bloqueados, segundo o conselheiro, enquanto mais de 1,5 milhão de “caixinhas” sem homologação foram apreendidas entre 2021 e 2022.

A Anatel também destacou que o uso dos aparelhos representa riscos para quem pirateia o sinal de canais e plataformas de streaming. Conforme a agência, muitos dispositivos ilegais carregam malwares capazes de roubar dados pessoais, inclusive senhas de bancos e outras informações financeiras.

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