Como saber se a inteligência artificial está sendo usada com ética?

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A inteligência artificial (IA) tem potencial de trazer benefícios significativos, desde melhorar a saúde até os sistemas de transporte. No entanto, à medida que a IA continua avançando, há uma necessidade crescente de considerações éticas para garantir que ela seja usada para um bem maior.

No Web Summit, só para citar o mais recente, e em vários outros painéis e eventos do mundo da tecnologia, a conversa se voltou muito para a derrocada do metaverso e como a IA chegou com muito mais força e com aplicação muito mais funcional.

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Uma das principais preocupações é seu potencial de perpetuar as desigualdades sociais e econômicas existentes. Por exemplo, algoritmos de IA precisam ser treinados e dependentes de um conjunto de dados. Se tendenciosos, podem levar a resultados discriminatórios, como negar oportunidades a determinados grupos ou manter vieses sistêmicos.

É necessário que esse assunto seja abordado com processos de design transparentes e inclusivos que envolvam diversas partes interessadas, além de uma regulação periódica e estudos constantes sobre o caminho que cada informação está seguindo.

Outra consideração ética é o impacto potencial da IA no mercado de trabalho. Embora a IA tenha o poder de automatizar tarefas tediosas ou perigosas, ela também pode levar ao encerramento de empregos em determinados setores. Isso reforça a necessidade de medidas proativas para cuidar dos possíveis impactos negativos na força de trabalho, como programas de reciclagem profissional, capacitação regular da população e redes de segurança social. 

Ética Inteligência ArtificialA Inteligência Artificial deve ser utilizada com ética, respeitando os processos humanos.

Além disso, há preocupações com o uso de IA para controle. Os sistemas de reconhecimento facial com IA, por exemplo, podem ser usados para vigilância e rastreamento em massa sem supervisão ou responsabilidade suficientes. Para prevenir esses tipos de abusos, é necessário estabelecer regras claras a serem seguidasaté mesmo um órgão regulatório mundial, para haver coerência de um lugar para o outro. 

A controvérsia parece estar gerando uma movimentação grande em todo o mundo com Geoffrey Hinton, um dos criadores da IA, deixando o Google e alertando sobre os perigos do uso do próprio produto de sua criação, e aqui no Brasil a discussão em torno do PL 2.338/2023, sobre o uso da Inteligência Artificial. 

É inegável que muitas possibilidades estão tomando forma com o uso desse tipo de tecnologia, até mesmo em áreas em que sua aplicação não parecesse tão clara no começo do desenvolvimento. Por exemplo, muitos processos e campanhas dentro do marketing digital e da publicidade podem se valer de IA e tornar a comunicação mais efetiva, interessante e atrativa.

Isso abriu muita discussão e medo durante a implementação de alguns recursos: com textos e imagens sendo feitos sozinhos por IAs, qual seria o papel dos criativos? Mas sabemos que integração é essencial, assim como nenhuma máquina ainda consegue superar a subjetividade nos pensamentos de um profissional com técnica e anos de experiência. 

Apesar de toda a questão de uso e regulamentação, a esperança - discutida durante o Web Summit é consenso entre muitos painelistas do evento - é que as empresas, principalmente as de tecnologia e negócios, estão muito focadas em pessoas para seu desenvolvimento e crescimento.  

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