Nesta quinta-feira (4), um sindicato de funcionários da Samsung, na Coreia do Sul, ameaçou iniciar uma greve devido a negociações salariais sem seu consentimento. Por meio de uma coletiva de imprensa, o representante do órgão trabalhista afirmou que irá se unir a outros sindicatos para obter a atenção da empresa.
No mês passado, a Samsung anunciou que iria reduzir o aumento anual do salário de seus funcionários para 4,1% — menos da metade do aumento de 2022. A medida havia sido definida em conjunto com o conselho de administração trabalhista, que incluía representantes de empregadores e empregados.
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No entanto, os trabalhadores sindicalizados afirmam que o conselho não os representa e o sindicato é o único órgão que pode negociar em seu nome. Insatisfeitos com a maneira que a Samsung lidou com a situação, o sindicato ameaçou iniciar uma greve, caso a empresa não abra as negociações e os incluam na pauta.
Funcionários sindicalizados reivindicam medidas em coletiva de imprensa na frente do prédio da Samsung em Seocho, no sul de Seul.Fonte: Yonhap News/Reprodução
“A Samsung Electronics anunciou o acordo final sem o consentimento do sindicato. Vamos nos unir a outros sindicatos para lutar para trazer a empresa para a mesa de diálogo e fazer com que ela nos aceite”, disse o sindicato em entrevista coletiva.
Queda nos lucros da Samsung reduz reajustes salariais
O primeiro trimestre de 2023 da Samsung foi marcado por uma queda de 95% em seus lucros operacionais — patamar mais baixo desde 2009. A empresa enfrenta uma crise devido a baixa demanda de seus chips de memória, principal negócio da companhia, mesmo após a redução dos preços.
Devido ao desempenho, cerca de 18% menor que o de 2022 e abaixo da estimativa de 63,9 trilhões de wons, a empresa anunciou reduções nos reajustes salariais de seus funcionários. Além do acréscimo de apenas 4,1%, a Samsung definiu que não oferecerá aumento para os membros do conselho neste ano.
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