A Apple está sendo acusada novamente de reprimir organizadores sindicais. A união Communications Workers of America (CWA) acusa a empresa de ter demitido ilegalmente e intimidado trabalhadores das lojas de Houston e Kansas City, em Missouri, em retaliação por seus esforços de organização trabalhista.
Segundo o relato, os funcionários demitidos em Kansas City foram dispensados por chegarem ligeiramente atrasados, faltar ao trabalho ou cometerem erros nas planilhas de ponto, mas também foram obrigados a assinar um "termo de quitação de todos os direitos" para receberem a rescisão contratual. Ou seja, eles não poderiam questionar as práticas da companhia após seu desligamento.
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Fonte: Pixabay
Em Houston, a empresa supostamente questionou os empregados individualmente sobre seu apoio ao sindicato e ofereceu melhores condições caso abandonassem a associação trabalhista. Aqueles que não aceitaram esse acordo foram supostamente disciplinados e ameaçados com piora nas condições de trabalho, alega a CWA.
Histórico da Apple
A Apple historicamente se opõe a esforços de reivindicação de diretos trabalhistas e supostamente realiza reuniões anti-sindicais obrigatórias. Além disso, a empresa teria retido benefícios de indivíduos sindicalizados na loja de Towson, Maryland, enquanto afirmava que eles precisavam assinar um acordo coletivo de trabalho. A companhia tem tentado impedir esses movimentos aumentando salários, ampliando benefícios e flexibilizando os horários.
Vale ressaltar que confrontos entre gigantes tecnológicas e seus colaboradores não são uma novidade. A organização trabalhista na área tecnologia atingiu seu auge em 2022, com funcionários de empresas como Activision Blizzard, Amazon e Microsoft se sindicalizando ou manifestando seu descontentamento. Enquanto isso, essas marcas frequentemente tentaram bloquear essas tentativas de organização.
Até o momento, a Apple ainda não prestou uma declaração sobre as acusações feitas pela CWA. Resta agora esperar para ver como este caso irá se desenrolar nos próximos meses.
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