O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar R$ 99 milhões na empresa HT Micron, localizada em São Leopoldo (RS). Os recursos serão usados para expandir a capacidade produtiva e inovar o processo de fabricação de chips utilizados em smartphones e tablets.
A HT Micron pretende desenvolver uma nova linha de chips de memórias Universal Flash Storage Multi Chip (uMCPs). Esses semicondutores vão substituir, de forma gradual, a linha de chips Embedded Multi Chip Package (eMCPs) atualmente produzida pela empresa.
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Os novos componentes prometem reduzir o espaço ocupado em smartphones e dispositivos similares. Além disso, o formato atualizado trará um aumento na velocidade de transferência de dados, atendendo às demandas trazidas pela entrada em operação da tecnologia 5G.
“Ao apoiar a atualização e a expansão da capacidade produtiva da HT Micron, contribuímos para elevar a competitividade do Brasil nas cadeias globais de semicondutores”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Fabricação nacional de chips
HT Micron é considerada uma das maiores empresas do Rio Grande do Sul. (Fonte: Wikimedia/FdcBrunno/Reprodução)Fonte: Wikimedia/FdcBrunno/Reprodução
O intercâmbio de tecnologias de semicondutores era uma das principais pautas da viagem de Lula para a China, prevista para essa semana, mas adiada por questões de saúde do presidente. O Brasil conta com uma cadeia de apenas 11 fábricas de chips e pretende expandir seu parque tecnológico com a cooperação internacional.
A HT Micron, por exemplo, é fruto de uma parceria com a Coreia do Sul estabelecida em 2009. A companhia fornece memórias e circuito integrados para computadores, dispositivos de internet das coisas (IoT), além de smartphone e Smart TVs.
O governo brasileiro deseja que o país comece a fabricar chips de 14 nanômetros em até 15 anos. Os insumos são essenciais para a indústria automobilística, que vem sofrendo uma escassez desses semicondutores desde o início da pandemia em 2020. A crise no setor deve durar até o final de 2024, prevê o CEO da Intel, Pat Gelsinger.
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